Friday, December 07, 2012

Rommulo Vieira Conceição

Texto parede expo Rommulo Funarte 2012 Através, cuidadosamente Rommulo Vieira Conceição investiga os fenômenos de percepção e codificação do espaço em diversos meios: instalação, fotografia, objeto, escultura e desenho. Sua produção abrange 14 anos de constante aprofundamento de resultados, obtidos de vivências no Brasil e no exterior (Argentina, Austrália, Japão e Finlândia). Para esta primeira mostra individual em São Paulo, resultado do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012, selecionamos uma série fotográfica, um objeto e uma escultura/instalação que representam algumas características centrais da contribuição do artista. Nascido em Salvador (Bahia, 1968) e residindo atualmente em Porto Alegre (RS), Rommulo faz dialogar na obra as duas vertentes de sua formação: o doutorado em Geociências e o mestrado em Poéticas Visuais (Instituto de Artes), ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Assim, o espaço da casa é escavado com rigor científico. Desce a detalhes capazes de iluminar fragmentos do todo (nosso estar no mundo) pela articulação poética de suas partes. A série fotográfica “Através, cuidadosamente” remete a espaços íntimos só alcançados após serem vencidas muitas portas ou situações, que dispõem de fechaduras mas também de chaves, que as abrem. As fotografias investigam a visão panóptica, ou seja, o olhar totalizador que abrange toda a cena de um único ponto de vista. Há indícios e reverberações das personalidades e das histórias dos habitantes (nunca representados) aderidos às superfícies e objetos desses locais. O objeto “Entre” e a escultura/instalação “Estruturas Dissipativas/Balanço” promovem rebatimentos das questões panópticas na tridimensionalidade, gerando arquiteturas impossíveis. Aqui, há influência do unmonumental, ou seja, da escultura contemporânea que se faz em oposição à tradição escultórica. Não há monumentalidade, não há afirmação de certezas pétreas. As obras de Rommulo refletem a perplexidade com a fragmentação do entendimento de mundo deste século 21. Angélica de Moraes Bruna Fetter Curadoras Rommulo Vieira Conceição faz individual em São Paulo Reunindo arte e ciência, Rommulo investiga os fenômenos de percepção e codificação do espaço em instalação, fotografia, objeto, escultura e desenho. Jovem artista que demarcou forte presença em 2011 na 8ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre) e em “Agora/Ágora”, coletiva de elenco internacional onde seu trabalho SuperCinema foi o núcleo da mostra, realizada pela curadora Angélica de Moraes para o Santander Cultural de Porto Alegre, Rommulo Vieira Conceição chega ao circuito expositivo de São Paulo com um conjunto de peças que frisa com nitidez a qualidade e o frescor de sua produção, em sintonia criativa com as novas linguagens da escultura e da fotografia contemporâneas. Rommulo foi selecionado no Edital Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 para realizar a presente exposição, denominada “Através, Cuidadosamente”. O título vem da série fotográfica inédita “CarefullyThrough”, iniciada em 2009 na Finlândia e concluída em 2011 na Argentina. A mostra é composta ainda pela inédita escultura/instalação “Estruturas Dissipativas”e pelo objeto “Entre”, de 2011, que participou da 8ª Bienal do Mercosul. A obra de Rommulo é tributária de uma ampla vivência internacional. Desde 1998 ele realiza individuais, coletivas e residências no Brasil, Argentina, Austrália, Japão e Finlândia. Participou de Rumos Visuais Itaú Cultural (2006) e foi premiado pela Funarte (Fundação Nacional de Arte, órgão do MinC) em 2009. Nascido em Salvador (Bahia) e residindo atualmente em Porto Alegre (RS), faz dialogar em seus trabalhos as duas vertentes de sua formação: o doutorado em Geociências e o mestrado em Poéticas Visuais (Instituto de Artes), ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É representado em São Paulo pela galeria Casa Triângulo Reunindo arte e ciência, Rommulo investiga os fenômenos de percepção e codificação do espaço em diversos meios: instalação, fotografia, objeto, escultura e desenho. Para sua exposição na Funarte/SP, as curadoras Angélica de Moraes e Bruna Fetter reuniram fotografias, objeto e escultura/instalação cujo eixo é a análise dos fenômenos de percepção ótica e semiótica do espaço. Ou seja, a investigação do modo como o espaço pode ser percebido e representado, assim como a simbologia que gravita em torno dessa percepção, potencializando a leitura e escavando nela uma dimensão poética. As fotografias investigam a noção de visão panóptica, ou seja, aquele olhar totalizador que consegue abranger, de um único ponto de vista, toda a cena a sua frente. As imagens de interiores obtidas por Rommulo nos sóbrios espaços finlandeses e na atmosfera carregada de memória da Argentina nos provocam a reunir e interpretar indícios da personalidade e da história dos habitantes (nunca representados) daqueles espaços. O objeto e a escultura/instalação, conforme o texto da curadoria, “promovem um rebatimento dessas questões panópticas para a tridimensionalidade, gerando arquiteturas impossíveis. Nesses trabalhos, observa-se a influência da escultura unmonumental, ou seja, a escultura contemporânea que se faz em oposição aos critérios tradicionais dessa expressão milenar. Não há monumentalidade, não há afirmação de certezas pétreas. As obras de Rommulo refletem a perplexidade com a fragmentação do entendimento de mundo deste século 21”. Assim, o objeto “Entre”, ambíguo desde o título, é formado por três portas entreabertas de vidro e madeira laqueada nas cores verde e vermelha, dispostas paralelamente e deslocadas entre si por uma pequena distância. O vidro e a superfície laqueada das portas são capazes de refletir todo o espaço e essas mesmas portas nas suas próprias superfícies. “Neste momento, espaço e objeto se fundem e se sobrepõem num mesmo local, gerando opacidades e indagações”. A peça central da exposição é a escultura/instalação “Estruturas Dissipativas/Balanço”. Conforme o texto curatorial, esse trabalho “mistura as fronteiras entre escultura, arquitetura e design de objetos, embaralhando espaço público e privado. A obra é composta por fragmentos de paredes, gavetas, revestimentos diversos e objetos do cotidiano caseiro. O protagonista é um balanço, utilizado pelos visitantes para ampliar o entendimento do que propõe essa máquina de entender o espaço complexo do século 21 e nossa vivência nele, cheia de percepções transitivas, momentâneas”. Serviço: Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 apresenta: Rommulo Vieira Conceição – “Através, Cuidadosamente” - Abertura: 06 de dezembro, às 19h Período expositivo: 07 de dezembro a 29 de janeiro de 2013 - Local: Funarte São Paulo - Galeria Mario Schenberg Campos Elíseos: Alameda Nothmann, 1058, tel. (11) 3662-5177. Seg. a dom., 10h/21h. http://www.funarte.gov.br Entrada Franca. Realização: Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal

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