Monday, November 28, 2011

FAUNA GALERIA ANDRÉ PAOLIELLO


ANDRÉ PAOLIELLO EXPÕE FOTOGRAFIAS DE OUTDOORS VAZIOS NA FAUNA GALERIA

De 8 de dezembro, quinta-feira, a 28 janeiro, artista apresenta imagens de paineis de estrada sem anúncios, com curadoria de Mario Cohen



O clima on the road vai tomar conta da Fauna Galeria de 8 de dezembro, quinta-feira, a 28 janeiro de 2012. O fotógrafo André Paoliello apresenta paineis de estrada sem anúncios, em paisagens variadas do Brasil e América Latina, onde o céu pode ser azul ou “dramático”, como diz o próprio artista.

Com curadoria de Mario Cohen, a exposição reúne fotografias feitas durantes viagens desde 2005. “Em 2000, fiz um trabalho com colagem de madeira e passei a prestar mais atenção nas texturas e nas imagens dos outdoors vazios, verdadeiros quadros ao ar livre”, conta Paoliello. “Uma das minhas influências nesta exposição foi o diretor de fotografia mexicano Gabriel Figueroa, que revolucionou a linguagem visual do gênero Western. Assisti uma palestra dele e revi a maneira de fotografar o céu”, completa.

Paisagista há mais de 10 anos, Paoliello está sempre viajando e observando a paisagem e o seu entorno, o que se evidencia nesta exposição.
André Paoliello - Em 1987, criou uma agência de fotógrafos e começou a atuar nos mercados editorial e publicitário. Esteve à frente da agência até 1998. Em 1990 iniciou o desenvolvimento de trabalhos pessoais em fotografia e ampliou seu interesse pelo paisagismo, que passou a ser sua profissão a partir de 1998. Desde então, divide seu tempo entre o escritório de paisagismo, trabalhos pessoais em fotografia, e escultura.
Sobre a Fauna Galeria – Dedicada à arte contemporânea e primeira galeria especializada em fotografia de São Paulo, a Fauna representa artistas brasileiros das mais diversas tendências, abarcando a pluralidade da fotografia brasileira. Fundada em 2010 por Carolina Magano Prado e Patricia Cataldi, já apresentou exposições de Ruy Teixeira, Tuca Vieira, Carlos Dadoorian, Felipe Russo, Eduardo Muylaert, Jair Lanes, Mariano Klautau, Rodolfo e Adriano Vanni e Alexandre Sequeira.

Exposição Outdoor
Fotografia: André Paoliello
Curadoria: Mario Cohen
Endereço: Fauna Galeria. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 470. Telefone: 11 3668 6572
Abertura: 8 de dezembro de 2011, quinta-feira, 19 horas
Data: de 9 dezembro de 2011 a 28 janeiro de 2012
Horário: Terça a sexta das 11h às 19h e sábado das 11h às 15h. Galeria fecha de 23 dezembro a 17 janeiro.
Entrada: Gratuita
www.faunagaleria.com.br

Informações para a imprensa:
Analu Andrigueti - 11 8919 5695
analu.andri@gmail.com

Juliana Gola – 11 9595-2341
jugola@gmail.com

Thursday, November 24, 2011

Exposição Retrospectiva Caderno 2 Música

DIRCEU MAUÉS


Experimentações visuais na Funarte Brasília



O artista paraense Dirceu Maués alia a técnica rústica de fotografia do pinhole ao suporte digital



O artista paraense Dirceu Maués apresenta sua primeira exposição individual na capital federal com a videoinstalação “Em um lugar qualquer – Outeiro”. A abertura da mostra é no dia 24 de novembro, na Galeria Fayga Ostrower, no Complexo Cultural da Funarte, em Brasília. O projeto foi contemplado com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2011, para ocupação do espaço. A entrada é franca.



“Em um lugar qualquer – Outeiro” é uma instalação com vídeos, feitos a partir da animação de fotografias com câmeras pinhole, construídas com caixinhas de fósforo. As câmeras não possuem visor nem lente, apenas um pequeno furo de agulha, por onde a luz penetra. Para a mostra foram construídas mais de 150 câmeras, que captaram mais de 4 mil imagens. O trabalho é composto de seis vídeos que, juntos, formam uma visão panorâmica, de 360 graus, da praia de Outeiro, em Belém do Pará.



Dirceu Maués começou sua pesquisa construindo suas primeiras câmeras pinhole, em 2003. Desde então, já realizou várias exposições, no Brasil e no exterior. Sua obra estimula o debate sobre a utilização dos aparatos tecnológicos, principalmente daqueles ligados à produção de imagens. Maués subverte a ideia de tempo, de cada momento registrados nas fotografias, e aposta no acaso, ao permitir um tempo mais longo para a captura da imagem. Suas câmeras, sem visor nem lente, produzem um cinema/vídeo que nos revela as paisagens de qualquer lugar, sem a preocupação tradicional com a precisão, com o máximo de fidelidade à toda imprecisão captada. Afinal, neste trabalho, o que importa é a potência poética do “erro”, do ruído e do acaso.



“Em um lugar qualquer – Outeiro” já foi apresentado em Montevidéu no Centro Municipal de Fotografia (CMDF), em 2010, e recebeu, em outubro de 2011, o prêmio Residência Artística, para a Academia Livre de Belas Artes (WBK) – Holanda – no 17º Festival Internacional de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, realizado em São Paulo.



Na edição da exposição em Brasília, a vídeoinstalação alia-se a uma oficina gratuita de técnicas de pinhole – resultado de uma parceria entre o artista e o Centro Cultural Casa das Artes. As aulas acontecerão entre os dias 05 e 09 de dezembro, com vagas limitadas.





Serviço:

Videoinstalação “Em um lugar qualquer – Outeiro”, de Dirceu Maués

Abertura: 24 de novembro de 2011, quinta-feira, às 19h

Visitação: 25 de novembro a 25 de dezembro, das 9 às 21h (segunda-feira a domingo)

Local: Galeria Fayga Ostrower - Complexo Cultural Funarte

Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural

Entre a Torre de TV e o Centro de Convenções – Brasília (DF)

Entrada Franca



Oficina de câmeras artesanais

Data: 05 a 09 de dezembro

Horário: Das 10h às 13h

Local: Centro Cultural Casa das Artes

Asa Norte SCLN 102 – BLOCO C – Subsolo




Confira o making off: http://www.youtube.com/watch?v=X1BqpcKQXjs



Inscrições gratuitas - vagas limitadas
Informações: 3031-6615



Contatos para entrevistas

thaismargalho@gmail.com

(61) 9331-4326

Thursday, November 17, 2011

Feira de Arte Impressa TIJUANA

Friday, November 04, 2011

36 pés

Rafael Costa Lança livro: IMAGINÁRIO





Rafael Costa lança livro,

com noite de autógrafos e exposição das fotos

IMAGINÁRIO

Prefácio: Ferreira Gullar

Curadoria: Simonetta Persichetti



Trabalho foi selecionado para a

VIII Bienal Internacional de

Arte Contemporânea de Florença


Ao contemplar suas fotos, temos a impressão de

que estamos diante de telas, não de fotos: de telas impressionistas

– ou expressionistas, em alguns casos.

E, no entanto, não se trata de um arremedo da pintura,

nada disso: é fotografia, na expressão exata da palavra;

ou, se se quer, uma “pintura”

que unicamente com a fotografia foi possível criar.”

Ferreira Gullar


O fotógrafo Rafael Costa, 48, lança o livro IMAGINÁRIO, com noite de autógrafos e exposição de 22 imagens, no dia 29 de novembro, às 19h, no Espaço Contraponto, na Rua Medeiros de Albuquerque, 55 – Vila Madalena.

Arquiteto de formação, Rafael Costa sempre esteve atento ao processo de composição de imagens e seus elementos gráficos. Transita entre a publicidade, onde atende as principais agências do país e aprendeu o domínio da técnica, e o trabalho autoral.

Já expôs na Pinacoteca do Estado de São Paulo e seu novo trabalho, IMAGINÁRIO, foi selecionado para a VIII Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Florença, na Itália, que acontece de 3 a 11 de dezembro de 2011.

Rafael Costa fez da fotografia um caminho para chegar até a pintura, sua grande paixão. As imagens que compõem IMAGINÁRIO são resultados de um trabalho de pesquisa e experimentação que se estendeu pelos últimos 20 anos em viagens ao redor do mundo. “Sempre fui movido pela questão meio impressionista de estar fora, estar em movimento”, fala Rafael, que já esteve no Peru, Nepal, Butão e Vietnam.

Algumas imagens foram captadas sem interferência do fotógrafo ou elaboração técnica. A maioria foi composta por reflexos de pessoas ou objetos na água ou resultam do processo singular de impressão fotográfica no verso do papel. A tinta, que não é absorvida, escorre lentamente oferecendo a possibilidade de “pintar com o olho”, como Rafael define seu trabalho pessoal.

“Nestas fotos as cores se afrontam, reagem umas sobre as outras, e entre elas. Atacam-nos de frente. Somos que assaltados por elas, escreve o artista plástico Sergio Fingermann sobre o trabalho do fotógrafo.

O prefácio do livro IMAGINÁRIO é assinado pelo poeta Ferreira Gullar, que aceitou o convite após ser apresentado ao trabalho de Rafael Costa (texto na íntegra no final do release). A curadoria é de Simonetta Persichetti, que tem trechos do ensaio sobre IMAGINÁRIO, reproduzidos abaixo:

“Como um poeta, Rafael Costa constrói suas imagens com métrica e rima... Sua fotografia é precisa, pensada, decidida... Rafael Costa se torna cúmplice dos lugares e das pessoas. Parece caminhar sem ser visto... De seus anos na publicidade aprendeu o domínio da luz, a construção perfeita... Durante 20 anos foi costurando sua história, tecendo seu imaginário visual e poético. Ao escolher uma técnica de ampliação que transformasse as imagens, que tirasse dela seu referencial mais direto, Rafael nos obriga a olhar... Cada vez que as observamos descobrimos novos detalhes, novos movimentos, novas formas de contar a mesma história. Inseridas nas preocupações contemporâneas, ao mesmo tempo, elas nos remetem às histórias mais antigas. Maestria de quem escolheu a fotografia como sua forma de expressão e nos apresenta agora um ensaio forte, delicado, moderno e ancestral, um mergulho no mundo onírico.”

O livro IMAGINÁRIO faz parte da série “Educação do Olhar”, da BEI Editora. O objetivo da coleção é conduzir o leitor não-iniciado à descoberta da linguagem subjetiva da arquitetura, das artes plásticas, do cinema e da fotografia.



"IMAGINÁRIO"

de Rafael Costa

Lançamento do Livro

com noite de autógrafos

e exposição das fotos



Sobre a Exposição

22 imagens de Rafael Costa

Abertura: dia 29 de novembro, às 19h

Local: Espaço Contraponto

Rua Medeiros de Albuquerque, 55 – Vila Madalena – São Paulo

Data da exposição: de 29 de novembro a 10 de dezembro de 2011

Horário de visitação: de segunda a sexta, das 11h às 19h.



Sobre o Livro

Tamanho: 26x30cm

Coleção Educação do Olhar

BEI Editora



Sobre o autor

Rafael Costa nasceu em 1963 em Ribeirão Preto - SP – Brasil. Graduado em Arquitetura pela Universidade Mackenzie em São Paulo, esteve desde sempre atento ao processo de composição de imagens e seus elementos gráficos – linhas, formas, movimento. Ainda como arquiteto, foi apresentado ao universo da cenografia publicitária através da Produtora TVC- Televisão e Cinema Ltda.

Dentro do cenário publicitário, encontrou na fotografia uma identificação maior: inicialmente na fotografia de cinema e logo em seguida na fotografia still. Em 1998 montou estúdio de fotografia, onde realiza seus trabalhos para grandes agências.

Em 2003 realizou sua primeira exposição com trabalho autoral (Bendito Fruto), na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Mais sobre o fotógrafo: www.rafaelcosta.com.br



Exibições:

· Bienal de Firenze – Itália, dez. de 2011

· Arte Brasiliana Anzio – Itália, dez. de 2010

· 21º Mostra Mercato d’Arte Moderna e Contemporânea, Padova- Itália, 2010

· “Como eu Vejo”- SP Arte ( Bienal / SP), 2010

· “Sete Pecados” - Galeria Monalisa (Paris/França), Jul de 2005

· “Sete Pecados” - Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo/Brasil), Set de 2005

· “Lês Inattendus” - Espace Charenton ( Paris/França), Nov de 2004

· “Bendito Fruto” - Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo/Brasil) Jan a Mar de 2003



Prêmios em Propaganda:

· “Mensagem” – FIAT – Leo Burnett Publicidade - FIAP 2010

· “ International Color Awards “

· Photography Masters Cup - Nominee in Advertising- 2009

· “200 Best Ad Photographers” -World Wide 2006/2007

· “TV magrinha” - Philips - 9º Prêmio de Propaganda O Globo 2005

· “ Polaroid TAM “ – TAM Airlines- Cannes Festival 2004

· “Divan Bench” – Museu de Arte Moderna de São Paulo

· One Show 2002

· Clio Awards 2002

· Clube de Criação 2001

· Pinnacle 2000/2001

· “River” – Honda Motorcycle

· Clube de Criação 2001

· Pinnacle 2000/2001

· “Einstein” – Hospital Albert Einstein - Cannes Festival 2000





A FOTO-PINTURA DE RAFAEL COSTA

Ferreira Gullar

Costumo dizer que o cinema e a fotografia são as únicas artes tecnológicas que deram certo. O cinema, que é essencialmente a fotografia em movimento, usa a imagem como veículo de ação narrativa, em lugar de simplesmente buscar o movimento e os efeitos óticos, que a técnica fotográfica possibilita. Nasceu, assim, uma nova arte tipicamente desta nossa época: é ao mesmo tempo tecnológica e popular.

A fotografia surgiu como a possibilidade de fixar a imagem real. A pintura a imita; a fotografia a registra tal como ela é. E foi graças a isso que a fotografia mudou o rumo da pintura. O nascimento da fotografia coincide, por isso mesmo, com o surgimento do Impressionismo, início da revolução moderna que pôs fim ao realismo pictórico. Retratar a realidade passou a ser função da fotografia, não mais da pintura.

Não obstante, tampouco a fotografia se conformou em ficar limitada a essa função. Aos poucos surgiu entre os fotógrafos uma tendência a transfigurar a realidade e, como por ironia, a pintura, que havia sido levada pela fotografia a não mais copiar o real, era agora quem empurrava a fotografia a tomar rumo semelhante.

Essa relação entre pintura e fotografia está na origem mesma da aventura artística de Rafael Costa e de que resultou um modo próprio de usar os recursos da fotografia, não mais para simplesmente copiar o mundo exterior, mas para reinventá-lo.

Ele, desde cedo, quis ser pintor mas se tornou fotógrafo. Durante algum tempo, trabalhando na área da publicidade, realizava as idéias que lhe chegavam definidas para serem executadas. Mas o que ele queria era o contrário disso: o imprevisível, o que o levou a uma experiência talvez única na história da fotografia brasileira e cujos resultados estão neste livro belo e inusitado.

Assim foi que, decidido a fundir fotografia e pintura, terminou por inventar uma pintura outra, que só aos recursos da fotografia possibilitam. Como não é pintor, em vez de pintar com as mãos, valendo-se de pincel e tinta de bisnaga, ele se vale da máquina fotográfica e das possibilidades que a tecnologia criou. Ao contemplar suas fotos, temos a impressão de que estamos diante de telas, não de fotos: de telas impressionistas – ou expressionistas, em alguns casos. E, no entanto, não se trata de um arremedo da pintura, nada disso: é fotografia, na expressão exata da palavra; ou, se se quer, uma “pintura” que unicamente com a fotografia foi possível criar.

Não há dúvida também de que só mesmo um fotógrafo com alma de pintor inventaria o processo que Rafael Costa inventou para violentar a linguagem fotográfica e incutir nela certos efeitos próprios da pintura. Para consegui-lo, ao invés de imprimir a imagem na face do papel preparada para isso, imprime-a no verso dele, daí resultando uma imagem imprecisa, borrada, com a indefinição que a aproxima da pintura impressionista, paixão de Rafael Costa. A essa indefinição das imagens – que às vezes chega à deformação - acrescenta, em certos casos, uma intensa saturação cromática, quando deixa patente sua paixão pela cor e uma rara capacidade de usá-la expressivamente. Mas não se limita a isso: muitas vezes, em lugar de fotografar as coisas diretamente, fotografa-as refletidas na água, obtendo assim novos efeitos luminosos e cromáticos.

Desses procedimentos, a que acabo de me referir, parece-me inevitável concluir que Rafael Costa não pretende ser um fotógrafo, no sentido usual do termo, isto é, alguém que se vale da máquina fotográfica para captar imagens do mundo externo e fixá-la no papel. Ele não só desconsidera a imagem normal das coisas, como usa de todos os meios de que dispõe para eliminar dela tudo o que a identifique como coisa real, reconhecível como tal; quer, na verdade, torná-la imagem pictórica, isto é, algo que não se encontra no mundo real mas unicamente no mundo pictórico, em quadros como os de Claude Monet ou de Vincent Van Gogh.