Thursday, July 28, 2011

Galeria Virgilio, Karen Kabbani, Diogo de Moraes e Julio Leite

Karen Kabbani
Karen Kabbani
Julio Leite
Julio Leite
Diogo de Moraes
Diogo de Moraes


Galeria Virgilio inaugura mostras individuais de
Karen Kabbani, Diogo de Moraes e Julio Leite



Obras de Karen Kabbani, Diogo de Moraes e Julio Leite

A Galeria Virgilio inaugura no dia 09 de agosto, terça-feira, as mostras
individuais dos artistas Karen Kabbani, Diogo de Moraes e Julio Leite.
As mostras ficam em cartaz até o dia 03 de setembro. Entrada gratuita

O conjunto das obras exibido na individual de Karen Kabbani evidencia a recente transformação da produção da artista, que ora se volta para a exploração dos processos espontâneos na pintura. Os feixes de tinta regulares agora obedecem uma dinâmica caótica, fruto da interação físico-química do esmalte sintético com o vinil que recobre as chapas. A exposição na galeria corre em paralelo à individual da artista em cartaz no CCSP até 14 de agosto.

O peso que a impossibilidade de controle adquire nas obras acentua a incontinente contribuição do acaso no processo criativo da artista.

Na individual de Diogo de Moraes, por outo lado, o acaso ingressa por um novo viés, ganhando status de ícone urbano. Sua série de desenhos figurativos aponta a criação de uma espécie de léxico a partir da representação do ato de circular que sofre uma manobra poética, transformando-se em crítica ao caráter compulsório das andanças rotineiras”, nas palavras do artista.

Na série Desenhos de Percurso, por sua vez, representa cenas urbanas prosaicas como uma mulher andando apressada ou um homem com pescoço virado para trás. Entretanto, seu interesse não reside tanto na imagem, mas na ironia que se estabelece no diálogo desta com o comentário manuscrito que intitula cada uma delas.

O paraibano Julio Leite exibe fotografias, serigrafias, livro de artista e pintura. Em sua série Croma, o artista explora as possibilidades de interação entre enunciados visuais, quais sejam a palavra escrita e as cores. Texto e campo cromático ora consoantes, ora em desalinho são vetores para um exercício metalinguístico que se vale da criação de ruídos entre duas linguagens.


Karen Kabbani (1968). Vive e trabalha em São Paulo
Graduada em administração na PUC-SP em 1992. Expôs na Galeria Virgílio em São Paulo (2009); Funarte - Atos Visuais em Brasília (2008); e no MARP em Ribeirão Preto, em 2007.

Julio Leite (1969). Vive e trabalha em Campina Grande (PB)
Graduado em Comunicação Social pela UEPB em 2000. Foi professor substituto da Universidade Federal de Campina Grande (2002-2005), momento em que se dedica à pesquisa e orientação de projetos em arte-urbana, vídeo, fotografia e arte tecnológica. Em 2004 cria e dirige a Galeria Cilindro, site specific, na cidade de Campina Grande.

Diogo de Moraes (1982). Vive e trabalha em São Paulo
Artista visual, arte-educador e programador cultural. Participou de exposições no Centro Cultural São Paulo CCSP, Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP), Paço das Artes, Museu Murilo La Greca (PE), Museu Vitor Meireles (SC) e na Funarte (RJ), onde foi contemplado com o Prêmio Projéteis de Arte Contemporânea.

Serviço:

Exposições individuais dos artistas Karen Kabbani, Diogo de Moraes e Julio Leite
Abertura: 09 de agosto, terça-feira, a partir das 19 horas
Período expositivo: de 10 de agosto a 03 de setembro de 2011

Local: Galeria Virgilio
Endereço: Rua Virgílio de Carvalho Pinto, 426
CEP 05415-020, Pinheiros, São Paulo - SP
Telefone: (55 11) 2373 2999
Horários: de segunda a sexta, das 10 às 19h; e sábados, das 10 às 17h
Entrada franca
www.galeriavirgilio.com.br

Informações para a imprensa:

Décio Hernandez Di Giorgi
www.adelantecultural.com.br
dgiorgi@uol.com.br
MSN: deciogiorgi@yahoo.com.br
Tel.: (55 11) 3589 6212 / 8255 3338 (cel.)

Tuesday, July 26, 2011

Exposição: ATEMPORAL







ATEMPORAL

A partir do dia 4 de Agosto, o publico terá a oportunidade de conhecer os novos trabalhos em fotografia da artista Zuleika Bisacchi na galeria de arte Joh Mabe.

As imagens dessa exposição são o fruto da junção de dois ensaios fotográficos realizados em 2010: o primeiro nas milenares ruínas arquitetônicas na Síria e Jordânia e, o segundo em estúdio fotográfico registrando nu feminino.

“Procuro neste trabalho dar uma conotação de mistério e sedução ao utilizar o corpo de mulheres, fundidas misteriosamente nas fotos das ruínas as quais estive presente. Deixo a figura feminina quase que transparente se mesclando a arquitetura, transformando em “burcas poéticas” essas transparências, fusões e veladuras que apagam e ocultam os corpos nessas imagens”, diz Zuleika ao comentar as fotografias.

A exposição é composta por 60 imagens digitais reproduzidas em metacrilato e papel fotográfico montado em PS, em tamanhos de 53 x 80 cm e 18 x 24 cm.

Andrés Hernández, o curador que apresenta a exposição, escreve no texto: “Na transparência da imagem feminina dilui-se a diferença entre abstração e figurativismo. Ela penetra e se dissolve em cada interstício das ruínas, constituindo, mesmo na sua transparência, uma parte essencial do conjunto representado”.

Mais à frente, Hernandez prossegue: “Nas obras da artista, há uma manifesta atemporalidade na representação. As imagens que inspiram eternidade misturam-se à representação feminina do desejo. E, ao mesmo tempo, esse desejo representado evidencia uma necessidade de sobrevivência e permanência. O presente frágil dentro do passado simuladamente eterno, desgastado por fatores naturais ou pela ação, direta ou indireta, do homem. Há uma permanente mistura entre presente e passado, e uma profunda aura de significados e mensagens”.

Ao final do texto, Hernandez comenta: “Com um matiz de qualidade indiscutível, Bisacchi reverencia o luxo na forma de representação da lucidez retrospectiva misturada com a realidade presente, num manifesto artístico único”.

A exposição de fotografias de Zuleika Bisacchi sintetiza de forma brilhante as suas pesquisas dos últimos anos, transportando para o interior dessa galeria todo o seu universo criativo conseguindo um resultado equilibrado e harmônico.


Exposição: “Atemporal”
Artista: Zuleika Bisacchi
Local: JOH MABE Escritório de Arte
Av. Brigadeiro Luis Antônio, 4225 (Jd. Paulista).
Visitação: de 04 a 27 de Agosto de 2011
Mais Informações: c/ Ely Tel. 11 3885-7140 ou 3884-1277

Sunday, July 24, 2011

COLEÇÃO JOAQUIM PAIVA - MAM

GRETE STERN
CHRISTOPHER RAUSHENBERG
DIANE ARBUS


Fotografias
Coleção Joaquim Paiva


Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
[Terceiro andar - 3.1 e 3.2]
Abertura: 23 de julho de 2011, das 16h às 19h
Exposição: 24 de julho a 9 de outubro de 2011
Curadoria: Luiz Camillo Osorio e Joaquim Paiva
Mantenedores do MAM: Petrobras e Light


O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Petrobras e a Light apresentam a exposição “Fotografias – Coleção Joaquim Paiva”, com 134 obras, de 69 artistas estrangeiros, pertencentes à coleção Joaquim Paiva em comodato com o MAM desde 2005. A mostra marca a inclusão de 413 obras internacionais ao comodato, que já possuía aproximadamente 1090 trabalhos de artistas brasileiros, totalizando agora cerca de 1500 fotografias.

Para a exposição, os curadores Luiz Camillo Osório e Joaquim Paiva selecionaram obras da parte internacional da coleção. Dentre os destaques estão fotografias de Grete Stern (Elberfeld, Alemanha, 1904 - Buenos Aires, Argentina, 1999); Diane Arbus (Nova Iorque, EUA, 1923 - 1971), Martín Chambí (Puno, 1891 - Cuzco, Peru, 1973) e Ansel Adams (São Francisco, EUA, 1902 – 1984), que serão mostradas pela primeira vez no museu.

De Grete Stern, serão apresentadas duas obras “Sem título”. De Diane Arbus, estarão na exposição as fotografias “A Young Man with his Pregnant Wife in Washington Square Park, N.Y.C.”, de 1965; “Lady Bartender at Home with a Souvenir Dog, New Orleans”, de 1964/1977 e “Sem título”, de 1970-71. Do fotógrafo Martín Chambí, estarão as obras “Automobilistas en El Cerro de San Cristóbal”, de 1928; “El gigante de Paruro”, de 1929 e “Fiesta en La Hacienda La Angostura”, de 1929. De Ansel Adams, as fotos “El Capitan, Winter, Series Yosemite National Park, Califórnia”, de 1950; “Jefrey Pine, Sentinel Dome, Series Yosemite National Park, Califórnia”; “Oak Tree, Snowstorm, Series Yosemite National Park, Califórnia”, de 1948; “Unicorn Peak and Thunderclouds, Series Yosemite National Park, Califórnia”, de 1967 e “Yosemite Valley from Inspiration Point, Winter, Series Yosemite National Park, Califórnia”, de 1938.

Destacam-se ainda na mostra fotografias de artistas contemporâneos russos e chineses. Nesta exposição, haverá trabalhos dos fotógrafos russos Andrey Chezhin (Leningrado, Rússia, 1960); Vadim Gushin (Novosibirsk, Rússia, 1963); Gregory Maiofis (São Petersburgo, Rússia, 1970) e Alexey Titarenko (São Petersburgo, Rússia, 1962), e dos chineses Li Lang (Chengdu, Sichuan, China, 1969) e Elaine Ling (Hong Kong, China/Canadá).

Na exposição, serão apresentadas fotografias, em diferentes tamanhos e técnicas, coloridas e em preto e branco, de artistas de diversas nacionalidades, como Alemanha, Argentina, Bélgica, Canadá, China, Coréia do Sul, EUA, França, Inglaterra, Irã, Israel, Itália, Japão, México, Peru, Porto Rico, República Dominicana, República Tcheca, Rússia, Ucrânia e Uruguai.

A mostra conta com obras de fotógrafos de diferentes gerações. O mais velho é o peruano Martín Chambí, que nasceu em 1891 e faleceu em 1973, e os mais jovens são o coreano Ayoung Kim e o japonês Go Sugimoto, ambos nascidos em 1979.


SOBRE A COLEÇÃO JOAQUIM PAIVA
Desde 2005, o MAM Rio possui, em regime comodato, grande parte da coleção do diplomata Joaquim Paiva. A coleção teve início em 1981 quando o diplomata começou a adquirir sistematicamente fotografias brasileiras contemporâneas. No museu estão depositadas aproximadamente 1090 obras que registram o que há de mais representativo na fotografia brasileira de nosso tempo. Desde retratos e paisagens à experimentos fotográficos dos anos 1990. Entre os nomes mais representativos da coleção estão: Pierre Verger com a sua preciosa documentação sobre a cultura afro-brasileira; Geraldo de Barros e seus experimentalismos técnicos; Miguel Rio Branco que busca a intensidade das cores no universo mais dura da realidade brasileira, o fotojornalismo ligado à temática social e bem brasileira de Walter Firmo, a atitude questionadora sobre o ato de fotografar da artista Rosângela Rennó entre outros. Nesse sentido a Coleção Joaquim Paiva representa no MAM toda a qualidade e a pluralidade de trabalhos e tendências que a fotografia contemporânea brasileira pode nos oferecer.


Serviço: Fotografias – Coleção Joaquim Paiva
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Abertura: 23 de julho de 2011, das 16h às 19h
Exposição: 24 de julho a 9 de outubro de 2011
Realização: MAM Rio
De terça a sexta, das 12h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação.
Ingresso: R$8,00
Estudantes maiores de 12 anos R$4,00
Maiores de 60 anos R$4,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos entrada gratuita
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$8,00
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140 Telefone: 21.2240.4944
www.mamrio.org.br


Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
21 2286.7926 e 3285.8687
claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br / marcos@cwea.com.br

RESTOS URBANOS

Museu Lasar Segall: Regina Silveira

Roxana Sagastume

FAUNA GALERIA TUCA VIEIRA

Monday, July 11, 2011

No Ateliê de PORTINARI 1920-45

Monday, July 04, 2011

Fotografia como Memória e o processo criativo de Geraldo de Barros e Mário Cravo Neto

Galeria Mezanino

1ºArte ao Vivo Rio, Rio ao Vivo


Sunday, July 03, 2011

Figuras Autônomas de Edouard Fraipont

Lançamento do livro
e exposição

Figuras Autônomas,
de Edouard Fraipont

Realizado por meio do XI Prêmio Marc Ferrez de Fotografia (FUNARTE), o livro reúne 35 autorretratos de amigos do fotógrafo ou artistas, como Cildo Meireles


Lançamento: 29 de junho de 2011, às 19h
Luciana Caravello Arte Contemporânea, Rio



Por ocasião da abertura da exposição Urbano Avesso, que integra o FotoRio, será lançado na galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea o livro “Figuras Autônomas”, de Edouard Fraipont, projeto realizado pelo XI Prêmio Marc Ferrez de Fotografia (FUNARTE). O lançamento será acompanhado da exposição de uma série de fotos que integram o livro, ambos no terceiro andar do espaço, destinada aos Projetos Especiais, que enfocam artistas não representados pela galeria.

Daniela Labra, curadora da exposição Urbano Avesso, que ocupa os demais espaços da galeria, afirma que Edouard Fraipont “é um artista importante, que nunca mostrou seus trabalhos no Rio”. “Ele confere uma imprecisão, uma dubiedade, nos retratos”, afirma.

Edouard Fraipont convidou 33 pessoas para se autorretratarem, dentra elas o artista Cildo Meireles. Dos 14.911 fotogramas feitos, ele selecionou 35 retratos de 27 pessoas diferentes, incluindo o próprio fotógrafo. Fraipont determinou igualmente para todos, o enquadramento, o fundo cinza, a luz a ser usada e o equipamento. Da mesma maneira, pediu que “evitassem caretas e expressões faciais, mantivessem os olhos abertos e certa frontalidade e, a partir da movimentação do corpo e da luz, totalmente controlados por cada um deles durante a exposição, procurassem recriar figuras a partir do próprio rosto”. “O intuito era de que as figuras criadas lhes fossem estranhas ao mesmo tempo que não se desvirtuassem como retrato, a fim de proporcionarem indícios de presenças fictícias”, explica.

“Para atingir resultados nesta direção, a movimentação não pode ser nula ou quase nula, porque em tais condições a imagem obtida reflete clara e objetivamente o retratado. A movimentação também não pode ultrapassar certos limites porque, neste caso, a figura se perde totalmente e efeitos fotográficos se sobrepõem a ela. É nesse limiar que foram editadas as imagens deste livro. Uma zona de indeterminação”, ressalta Edouard Fraipont. “Em meio a um grande número de tentativas, surgem, vez ou outra, figuras autônomas. São elas que procuramos e que, acredito, perplexos, encontramos”.

Com o material nas mãos, ele organizou e editou o livro de 90 páginas, com formato de 21cm x 28cm, que tem texto de Rubens Fernandes Junior, pesquisador e crítico de fotografia. O livro estará disponível na Luciana Caravello Arte Contemporânea.





Edouard Fraipont – Breve biografia
Nascido em São Paulo, em 1972, Edouard Fraipont tem formação em cinema, pela FAAP e cursa filosofia na FFLCH da USP. Participa ativamente do circuito nacional de exposições, e fez residência, em 2007, na Inglaterra, pelo programa Artists Links, do British Council.

FotoRio
O FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro – , tem como objetivo valorizar a fotografia como bem cultural, dando visibilidade aos grandes acervos e coleções públicas e privadas e à produção fotográfica contemporânea brasileira e estrangeira, através de exposições, projeções e intervenções urbanas, cursos, seminários, oficinas, mesas-redondas, palestras e conferências. Nossa intenção é destacar, através de um evento de porte internacional, a importância da fotografia na comunicação e na vida social contemporânea, buscando atingir um público ainda maior que o freqüentador de museus e apreciador da arte fotográfica, levando a fotografia ao alcance de todos.

O FotoRio é um movimento de fotógrafos que tem como proposta atuar como agente aglutinador, estimulando a exposição e discussão de trabalhos históricos e contemporâneos da fotográfica brasileira e internacional. O FotoRio é não apenas uma vitrine para a produção fotográfica brasileira e internacional, mas sobretudo, um espaço de promoção de cultura visual, que resgata o papel de vanguarda da cidade do Rio de Janeiro como referência da fotografia no continente.

No plano internacional, o FotoRio já nasceu integrado ao Festival da Luz, rede criada por fotógrafos, colecionadores e estudiosos da fotografia em todo o mundo. Atualmente, o Festival da Luz conta com dezenas de eventos espalhados pelas principais cidades do mundo, entre as quais Mois de la Photo (Paris - França), Fotofest (Houston - USA), Encuentros Abiertos de Fotografia (Buenos Aires - Argentina), PhotoEspaña (Madrid - Espanha), Fotoseptiembre (México) e Fototage Herten (Colônia – Alemanha).

Serviço: Lançamento do livro “Figuras Autônomas” e exposição
de Edouard Fraipont
29 de junho de 2011, às 19h
Luciana Caravello Arte Contemporânea
[terceiro andar]
De segunda a sábado, das 10h às 19h Sábado das 11h às 14h
Rua Barão de Jaguaribe 387
Rio de Janeiro, Brazil, 22421-000
2523.4696
http://www.lucianacaravello.com.br


Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Marcos Noronha
21 2286.7926 e 3285.8687
claudia@cwea.com.br / marcos@cwea.com.br

URBANO AVESSO



Mariana Tassinari

Din Musa
FBertarelli

RVilla


Maíra




Ramadinha



Urbano Avesso
FotoRio


Luciana Caravello Arte Contemporânea, Rio
Inauguração: 29 de junho de 2011, às 19h
Visitação pública: 30 de junho a 29 de julho de 2011
Curadoria: Daniela Labra

Luciana Caravello Arte Contemporânea apresenta a partir de 29 de junho a exposição “Urbano Avesso”, que integra a quinta edição do FotoRio. A curadoria é de Daniela Labra, que selecionou trabalhos de Leonardo Ramadinha, Maíra das Neves, Ricardo Villa, Felipe Bertarelli, Ding Musa e Mariana Tassinari, representados pela galeria, que exploram, na fotografia, “possibilidades visuais do imagético urbano”.

Daniela Labra explica que devido ao fato de se tratar de uma galeria de arte contemporânea e não de fotografia, ela primeiro identificou os trabalhos “que lidam com a fotografia como suporte, para discutir e comentar o mundo, o universo em que vivemos”. “Quando a imagem leva para outro ponto que está além da imagem, deixa de ser apenas fotografia e se insere no campo da arte contemporânea”.

“Eu já havia percebido, no conjunto dos artistas da galeria, uma inclinação temática para discutir a cidade, e quase todos os que usam a fotografia como meio vão focar nesse tema, falar do urbano de alguma maneira”, observa. “O título surgiu daí. O urbano avesso às convenções. Esse é o campo da arte, onde o artista tenta subverter determinadas posturas. Não se está discutindo o avesso como outro lado, mas sim o urbano captado pelo olhar desses artistas contemporâneos. São formas de abordar e olhar o objeto cidade”.

A seguir, Daniela Labra comenta os trabalhos dos seis artistas que estarão na exposição:

Leonardo Ramadinha [Rio, 1977] – Pesquisador e professor ligado ao Ateliê da Imagem, é um fotógrafo parte do rigor técnico para discutir a tradição fotográfica. Na medida em que utiliza frases e pensamentos, remetendo à ideia de álbum de família ou de viagens, intimista, o trabalho deixa de ser apenas fotografia e passa a se expandir para outro campo poético.

Maíra das Neves [São Paulo, 1978, vive e trabalha no Rio de Janeiro] – Ela discute a ideia de simulacro, a imagem da imagem, a partir da paisagem construída. Vai mostrar uma série de fotografias captadas de um monitor de tevê, com imagens de paisagens de neve construídas, em um jogo de snowboard de videogame, o SSX3 de Playstation 2. A artista conta que deixa de jogar e procura situações interessantes para o registro em foto, como uma turista. As imagens são feitas com a combinação de duas câmeras digitais, que dão um formato “panorâmico” a partir da colagem digital de duas imagens. O processo revela a precariedade da tecnologia, da mesma forma em que ela busca situações de erro na paisagem, onde fica aparente a estrutura do jogo. Essas fotografias foram feitas à época dos Jogos Panamericanos no Rio, em 2008, e foram ampliadas pela primeira vez para essa exposição.

Ricardo Villa [São Paulo, 1982] – O título da exposição cai como uma luva em seus trabalhos, pois ele vem pensando estratégias de conhecer e investigar a cidade que não se conhece, o underground. Com um passado de pichador e grafiteiro, ele vive o universo urbano com muita propriedade, e faz um trabalho diferenciado. Invade prédios abandonados, sujos e escuros, munido apenas de uma bateria de automóvel e luz fria. Ilumina o ambiente sem maquiagem, com essa luz estranha. O efeito é incômodo. É um trabalho quase que de intervenção.

Felipe Bertarelli [Ribeirão Preto, 1983, vive e trabalha em São Paulo] – Também um fotógrafo, meticuloso e com rigor técnico, ele utiliza câmera analógica e um filme 120 (negativo 6x6), que permite ampliação manual. Extrapolando a questão técnica, ele cria uma poética radical, com uma luz que remete ao cinema, e traz um estranhamento.

Ding Musa [São Paulo, 1979] – A partir de um apuro técnico, ele é um fotógrafo que vai explorar de maneira sutil o universo urbano, buscando ângulos e espaços não óbvios. Na exposição ele mostra uma série com registros de outdoors vazios, ou apenas suas estruturas, em estradas não determinadas. Por meio dessas imagens ele discute a interferência na paisagem.
Mariana Tassinari [São Paulo em 1980] – Ela usa elementos gráficos sobre a imagem, faz uma intervenção gráfica na fotografia. Ela vai mostrar uma série de 2011, que nunca havia sido ampliada. Enfocando mais a questão arquitetônica, ela retira a carga subjetiva, e todos os comentários sociopolíticos. Ela limpa todo esse teor mais politizado, e faz uma imagem asséptica, e é aí que aparece um estranhamento, muito bem resolvido plasticamente. Ela trabalha a forma, e não o conteúdo. A cidade traz um sem-fim de referências, e ela se fixa na construção plástica. Uma abordagem justamente ao contrário do Ricardo Villa.
FotoRio
O FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro – , tem como objetivo valorizar a fotografia como bem cultural, dando visibilidade aos grandes acervos e coleções públicas e privadas e à produção fotográfica contemporânea brasileira e estrangeira, através de exposições, projeções e intervenções urbanas, cursos, seminários, oficinas, mesas-redondas, palestras e conferências. Nossa intenção é destacar, através de um evento de porte internacional, a importância da fotografia na comunicação e na vida social contemporânea, buscando atingir um público ainda maior que o freqüentador de museus e apreciador da arte fotográfica, levando a fotografia ao alcance de todos.

O FotoRio é um movimento de fotógrafos que tem como proposta atuar como agente aglutinador, estimulando a exposição e discussão de trabalhos históricos e contemporâneos da fotográfica brasileira e internacional. O FotoRio é não apenas uma vitrine para a produção fotográfica brasileira e internacional, mas sobretudo, um espaço de promoção de cultura visual, que resgata o papel de vanguarda da cidade do Rio de Janeiro como referência da fotografia no continente.

No plano internacional, o FotoRio já nasceu integrado ao Festival da Luz, rede criada por fotógrafos, colecionadores e estudiosos da fotografia em todo o mundo. Atualmente, o Festival da Luz conta com dezenas de eventos espalhados pelas principais cidades do mundo, entre as quais Mois de la Photo (Paris - França), Fotofest (Houston - USA), Encuentros Abiertos de Fotografia (Buenos Aires - Argentina), PhotoEspaña (Madrid - Espanha), Fotoseptiembre (México) e Fototage Herten (Colônia – Alemanha).

Serviço: FotoRio – Urbano Avesso
Abertura: 29 de junho de 2011, às 19h
Visitação pública: 30 de junho a 29 de julho de 2011
Curadoria: Daniela Labra
Luciana Caravello Arte Contemporânea
De segunda a sábado, das 10h às 19h Sábado das 11h às 14h
Rua Barão de Jaguaribe 387
Rio de Janeiro, Brazil, 22421-000
2523.4696
http://www.lucianacaravello.com.br


Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Marcos Noronha
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