Friday, March 26, 2010

Tempos do Brasil - Terrra Virgem Editora






Terra Virgem Editora lança o 4º livro da série Tempos do Brasil

Parques Nacionais Sul - Cânions e Cataratas


Lançamento dia 30 de março, às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional







Coleção se inspira na paisagem para incrementar o prazer dos viajantes com informações e curiosidades




A Terra Virgem Editora lança “Parques Nacionais Sul - Cânions e Cataratas” dia 30 de março, às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.



Este é o 4º livro da série Tempos do Brasil, que se inspira na paisagem para incrementar o prazer dos viajantes, aproximando-o de seu destino. As fotografias, de Roberto Linsker e Zé Paiva, são acompanhadas de informações e curiosidades sobre as regiões retratadas; e o peso e formato, 16X16cm, foram escolhidos para facilitar o transporte em malas e mochilas.



“Quase uma década após o pioneiro Brasil Aventura*, o Brasil já tinha sido vasculhado por todas as mídias. O pensamento então foi o de aprofundar o conhecimento sobre algumas regiões, trazendo um pouco mais de ciência e história”, conta o fotógrafo e editor Roberto Linsker, que coordena o projeto junto com Wilson Teixeira, geólogo e professor titular do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. Os três primeiros títulos da série são:

“Arquipélago Fernando de Noronha – O Paraíso do Vulcão”,
“Chapada Diamantina – Águas no Sertão”
“Itatiaia - Sentinela das Alturas”.




Foto Roberto Linsker


Parques Nacionais Sul - Cânions e Cataratas explora o Brasil Meridional, território que engloba os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde se localizam o Parque Nacional da Serra Geral, o Parque Nacional de Aparados da Serra, o Parque Nacional de São Joaquim e o Parque Nacional do Iguaçu. Seguindo a estrutura da série, o livro descreve a região em três tempos distintos:

· Pelo tempo geológico, o leitor descobre como um vulcanismo vindo do centro da Terra, há milhões de anos, formou os primeiros contornos da paisagem que pouco a pouco e sob as forças da natureza criaram cenários deslumbrantes, como o das cataratas do rio Iguaçu, dos Aparados da Serra ou dos Campos Gerais. Entende o porquê da região concentrar as melhores vinícolas nacionais e conhece o Aquífero Guarani;
· No capítulo do tempo biológico a fauna e a flora da região convidam para um passeio pelas matas de araucária, que dividem seu território com a estimulante erva-mate, matéria-prima para a bebida mais consumida pela população do sul do país;
· Nas páginas dedicadas aos caminhos do tempo humano, o leitor entra em contato com a história da ocupação na região, marcada pelo povo Guarani, pelos missionários jesuítas e pelos imigrantes europeus, vindos principalmente da Alemanha e da Itália. O livro ressalta também as grandes batalhas travadas na região.






Foto Roberto Linsker



Os últimos capítulos contemplam as principais atrações da região e reservam uma página para um patrimônio da humanidade desaparecido: Sete Quedas, que submergiram em 1982 quando as comportas do canal de desvio de Itaipu foram fechadas, subindo o nível do Rio Paraná mais de 220 metros. Antes de submergir, as quedas percorriam uma extensão total de 114 metros e seu som podia seu ouvido a uma distância de até 32 quilômetros. Além de trazer uma manifesto a favor da preservação da região.


O livro tem o apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo por meio da Estação Ciência.


Lançamento “Parques Nacionais Sul - Cânions e Cataratas”

Data: 30 de março, terça-feira

Horário: das 18h30 às 21h30

Local: Livraria Cultura do Conjunto Nacional

Av. Paulista, 2073 – Tel: (11) 3170.4033



Ficha Técnica:

Formato 16 x 16 cm

204 páginas

158 imagens

Impressão colorida

Preço: R$ 60,00

ISBN: 9788585981549



Terra Virgem Editora

Rua Galeno de Almeida, nº 179

São Paulo- SP

Tel:11 3081 9932 / 3083 7823

www.terravirgem.com.br



Foto Zé Paiva


Sobre a Editora:

A Terra Virgem Editora é especializada na documentação fotográfica, publicação e divulgação de temas relacionados à cultura brasileira e ao meio ambiente. Surgiu em 1993, mantendo desde então um catálogo de livros que desvenda o Brasil, seus ecossistemas e suas gentes, numa abordagem que reúne conhecimentos científicos em linguagem acessível, e ensaios fotográficos reconhecidos internacionalmente.



* Entre os títulos da Terra Virgem Editora destacam-se a série "Fotógrafos Viajantes" com o livro "Pierre Verger - Fotografias para não esquecer", a série “Brasil Aventura”, um grande sucesso editorial, com 6 volumes e mais de 50 mil livros vendidos; “Mar de Homens” e "O Mar é uma outra Terra" do fotógrafo Roberto Linsker; “Amazônia: O Povo das Águas” do fotojornalista Pedro Martinelli; “O Último Grito” e “Almaquatica” de Klaus Mitteldorf. E ainda, “Rota Austral”, “ Travessia do Drake”, “Rota Boreal” e "Entretrópicos" do velejador Beto Pandiani, entre outros.


Assessoria
Flavia & Cris Fusco
www.flaviafusco.com.br
11 3083.1250

famíliaFERREZ Novas Revelações

Tuesday, March 23, 2010

Ludovic CAREME

Sunday, March 21, 2010

CHICO ALBUQUERQUE - MIS

EMMATHOMAS

Monday, March 15, 2010

O Silêncio Não É Azul - Neiva Pitta Kadota

Sunday, March 14, 2010

ARTHUR OMAR- UM OLHAR E SETE VÉUS

Marcio Pilot



fotografo Marcio Pilot leva as
imagens feitas durante o desfile das
Escolas de Samba para exposição em Nova York
Abertura dia 22 de abril, às 18h na Agora Gallery, no Chelsea



O Fotografo Marcio Pilot leva sua visão sobre
o Carnaval Brasileiro para Nova York,
onde participa de uma exposição
coletiva na Agora Gallery.
Abertura para convidados acontece no dia 22 de abril,
das 18h às 20h.

As imagens foram feitas durante um
desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro



Reception: Thursday, April 22, 2010, 6-8 pm
Exhibition Dates: April 16, 2010 - May 7, 2010
Gallery Hours: Tues-Sat 11-6

Agora Gallery
530 West 25th Street, Chelsea, New York
Tel. 212-226-4151 / Fax 212-966-4380
Horários: Terças a Sábado, 11am - 6pm



Assessoria
Flavia & Cris Fusco
www.flaviafusco.com.br
11 3083.1250

Tuesday, March 09, 2010

Lugar de Contemplação - Grupo Pparalelo

CLAUDIO CARPI - ALMAS CINEMATOGRÁFICAS

SEAN PENN
MÔNICA BELLUCCI
LIMA E RONALDO
JONNY DEEP


Claudio Carpi – Almas Cinematográficas

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Abertura: 16 de março de 2010, às 19h
Visitação pública: 17 de março de 2010 a 02 de maio de 2010

Realização: MAM Rio e Istituto Italiano di Cultura



O Museu de Arte Moderna do Rio Janeiro e Istituto Italiano di Cultura apresentam a exposição “Claudio Carpi – Almas Cinematográficas”, com 33 fotografias do fotógrafo italiano, que vive entre Paris, Los Angeles e Rio de Janeiro. Esta é a primeira exposição do fotógrafo, que trabalha para campanhas publicitárias de diversos filmes de sucesso como “Matrix Reloaded” [2003], “Na Companhia do Medo” [Gothika, 2003], “V de Vingança” [2006], e “Speed Racer” [2008].

Aproveitando o convívio privilegiado com astros como Sean Penn, Monica Bellucci, Antonio Banderas, Johnny Depp e George Clooney, Claudio Carpi desenvolveu um trabalho autoral, onde o público poderá apreciar seu olhar agudo e cristalino.

Para a exposição no MAM Rio de Janeiro, ele selecionou 33 obras originais, todas feitas em uma câmera Linhoff analógica, em placa de negativo no formato 4 x 5 polegadas [9 x 12cm]. As fotografias foram ampliadas em Paris, e impressas em papel de algodão, alemão, em formato especial, que varia de 40cm x 50cm a 2,80 metros. Dentre os retratados, estão alguns brasileiros, como Roberto Burle Marx, Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Maitê Proença, Ronaldo Fenômeno e Fernanda Lima. Dentre as 33 personalidades fotografadas que poderão ser vistas no MAM Rio estão ainda Marcello Mastroianni, Alberto Moravia, Vittorio Gassman, Ethan Hawke, Dita Von Teese, Nicole Kidman, Natalie Portman, Audrey Tautou, Laurence Fishburne, David Lynch e Ewan McGregor.

Filho de Fabio Carpi – também retratado na mostra –, escritor e diretor de cinema que trabalhou no começo dos anos 1950 na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, em São Paulo, Claudio Carpi sempre esteve próximo do Brasil. Desde criança, Cláudio Carpi conviveu com monstros sagrados do cinema, na lendária Cinecittà. Aos 16 anos, adquiriu sua primeira câmera, uma Nikkormat, com a qual começou a fotografar passeando pela cidade sem um objetivo definido. Em uma noite do verão de 1983, na Estação Termini, em Roma, vê Federico Fellini filmar “E la nave va”, com mais de mil e quinhentos figurantes, que deveriam encher completamente a estação como se fossem um rio de passageiros de partida. Esta experiência foi inconscientemente o início do seu percurso fotográfico. Foi então estudar em Paris, na Ecole Supérieur d’Art Graphique de Penninghen, e cinco anos depois passa a trabalhar como diretor artístico para Nina Ricci na Avenue Montaigne, graças à renomada fotógrafa Dominique Issermann.

A partir de então, tem fotografado os rostos das mais famosas personalidades do mundo cinematográfico, como Robert De Niro, Dennis Hopper, Josh Brolin, Paul Giamatti, Robert Downey Jr. e Keanu Reeves. Suas fotos têm sido publicadas nas mais importantes revistas internacionais, como Vanity Fair, Time, Entertainement Weekly, GQ, Issue One, Twill, dentre outras.





Serviço: Claudio Carpi – Almas Cinematográficas
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Abertura: 16 de março de 2010, às 19h
Visitação pública: 17 de março de 2010 a 02 de maio de 2010
Realização: MAM Rio e Istituto Italiano di Cultura
De terça a sexta, das 12h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação.
Ingresso: R$8,00
Estudantes maiores de 12 anos R$4,00
Maiores de 60 anos R$4,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos entrada gratuita
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$8,00
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140 Telefone: 21.2240.4944
www.mamrio.org.br


Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
21 2286.7926 ou 3285.8687
claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br /
marcos@cwea.com.br

ARTHUR OMAR- UM OLHAR E SETE VÉUS


Arthur Omar [Minas, 1948] vive e trabalha no Rio. É um artista brasileiro múltiplo,
participante da vanguarda da produção artística contemporânea. Formado em antropologia e etnografia, Arthur Omar criou uma antropologia visual, nos documentários epistemológicos dos anos 1970 e em livros, como os recentes sobre “Carnaval” e “Amazônia”, onde a busca científica se realiza através de uma intensificação estética do material.

Trabalha com cinema, vídeo, fotografia instalações, música, poesia, desenho, além de ensaios e reflexões teóricas sobre o processo de criação e a natureza da imagem. Em todos os campos, Arthur Omar introduziu novas maneiras de pensar, e contribuições radicais a uma renovação das linguagens e das técnicas. Temas como o êxtase estético, a violência sensorial e social e a construção de metáforas visuais marcam toda sua obra, voltada para busca de uma nova iconografia da realidade brasileira. Documentário experimental, fotografia, videoarte, moda, filme de ficção, e videoinstalações, suas imagens migram e se transformam através dos meios, suportes, linguagens.

Sua produção contemporânea em vídeo traz metáforas visuais e relações inusitadas entre imagens e sons, como em “Atos do Diamante”, “Pânico Sutil”, “A Lógica do Êxtase” e o longa-metragem em vídeo “Sonhos e Histórias de Fantasmas”, com desdobramentos no campo das videoinstalações, suporte para o qual desenvolveu uma linguagem própria de forte impacto sensorial e marcada pela imersão do espectador (“Inferno”, “Fluxos”).

Prepara atualmente um livro com mais de 400 imagens sobre sua experiência na Ásia Central.

Exposições selecionadas
1998 – 24ª Bienal Internacional de São Paulo – Instalação fotográfica “Antropologia da Face Gloriosa”, painel com 99 fotografias preto e branco em grande formato, parte de um estudo do rosto e do êxtase fotográfico como dimensão transcendental, série hoje reconhecida como um clássico da fotografia brasileira. Algumas dessas imagens vão dar origem à série colorida “A Pele Mecânica”.

1999 – MOMA, Museu de Arte Moderna de Nova York – Retrospectiva completa de sua obra em filme e vídeo;
Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil.

2000 – Bienal de Valência, Espanha, Bienal de Havana e ARCO, em Madri.

2001 – CCBB Rio e CCBB São Paulo – “O Esplendor dos Contrários” – Série de fotografias de paisagens amazônicas, em que “reinventa o espaço e a luz” e trabalha com efeitos em 3D

2002 – 25ª Bienal de São Paulo – “Viagem ao Afeganistão”, conjunto de 30 fotografias em grandes dimensões compondo “paisagens paradoxais e perspectivas impossíveis”, em que imagens realizadas na zona de catástofre, entre Cabul e Bamyan, desconstroem o olhar jornalístico, apontando para um realismo pós-contemporâneo;
Museu de Arte Contemporânea da Coréia – “Babel”.



2003 – Foto Arte Brasília;
ARCO, em Madri;
LisboaPhoto 2003 – onde ocupou integralmente o Pavilhão de Portugal da Expo, com uma grande retrospectiva de suas fotografias em preto e branco;
Galeria Nara Roesler, em São Paulo, com a série “explosivamente” colorida de faces “A Pele Mecânica”, introduzindo novas técnicas de processamento digital;
Exposição de inauguração do Oi Futuro [na época Centro Cultural Telemar], com a instalação “Dervixxx” – imagens dos dervixes de uma favela em Kabul.

2006 – Oi Futuro, Rio. Ocupou a totalidade do espaço do os três andares e os vidros externos do prédio, com um conjunto de 12 instalações interligadas sob o título de Zooprismas. Esta exposição foi eleita pelo jornal O Globo como a melhor exposição do ano em artes plásticas do Rio de Janeiro.

2007 – VideoBrasil, com uma nova versão de “Dervixxx”, com projeções circulares. O crítico francês Jean-Paul Fargier saudou como “obra maior do vídeo contemporâneo”. “Dervixxx” faz parte da Trilogia Cognitiva, juntamente com duas outras instalações: “Infinito Maleável nº 1” e “A Ciência Cognitiva dos Corpos Gloriosos”.
ARCO 2007 Madri – Participou das salas especiais com a obra “Madonas, fotografias do Afeganistão”;
Feira de Arte de Basel, Suíça – Projeto especial, onde estabeleceu um diálogo com a obra seminal de Abraham Palatinik através de sua série de caixas de luz, ainda inédita, intitulada Série Suprema (homenagem a Malevich).

Livros de fotografias
Publicou os livros de fotografias “Antropologia da Face Gloriosa”, “O Zen e a Arte Gloriosa da Fotografia”, e “O Esplendor dos Contrários”. “A Lógica do Êxtase” é o livro de referência sobre sua obra em filme e vídeo.

Prêmios
2001 – Melhor exposição individual, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte à mostra “O Esplendor dos Contrários”, no CCBB SP, e “Frações da Luz”, na Galeria Nara Roesler [série de caixas de luz em que explora a serialidade e a luminosidade interna de imagens vindas de diferentes suportes].
2006 – Melhor exposição do ano no Rio, escolhida pelo jornal O Globo – “Zooprismas”, no Oi Futuro, em que ocupou a totalidade do espaço e os vidros externos do prédio com um conjunto de 12 instalações interligadas.
Arthur Omar – Um olhar e sete véus


Anita Schwartz Galeria de Arte, Rio
Abertura: 17 de março de 2010, às 19h
Exposição: 18 de março a 17 de abril de 2010
Entrada Franca


Anita Schwartz Galeria de Arte apresenta a partir do dia 17 de março de 2010, para convidados, e do dia seguinte para o público, sua primeira exposição individual do ano, “Arthur Omar – Um olhar e sete véus”. O artista múltiplo, uns dos mais instigantes e inventivos do panorama artístico contemporâneo, vai mostrar obras fotográficas em grande formato, todas elas inéditas no Brasil. A maioria foi feita especialmente para a exposição, resultado de linhas de trabalhos recentes que vem desenvolvendo, e que se encontram em progresso. É a primeira vez, ainda, que Arthur Omar mostra seu trabalho em uma galeria carioca.

A exposição ocupará todo o espaço da galeria, e irá abranger obras de três séries inéditas:

• “Antropologia Suprematista”, na qual predomina o branco puro. Oito caixas de luz, onde o artista funde a sua temática antropológica com obras suprematistas do russo Kasimir Malevitch (1878 –1935), autor do celebre “Quadrado Negro”. Duas dessas caixas de luz são uma homenagem ao brasileiro Abraham Palatnik, pioneiro da arte cinética. Nelas, uma luz estroboscópica foi fotografada “de frente, em centenas de variações” que não se repetem, criando uma tapeçaria abstrata.

• “Antropologia Solúvel”, fotografias experimentais a partir do carnaval, com cores saturadas e formas dissolvidas.

• “Madona” – Duas imagens dessa série, que ocupou uma sala especial na ARCO
2007, em Madri.

A mostra trará ainda o vídeo inédito “Um olhar em segredo”. Definido como “filme-ensaio”, de 30 minutos, em que o artista recupera todo o seu trabalho fotográfico, “mas com uma análise da natureza mesma da fotografia, que transcende tudo o que eu mesmo fiz. Composto de pequenos fragmentos dedicados “à fotografia, à câmera, ao olhar, ao instante e ao êxtase”. Em abril, haverá um encontro do artista com o público, na exposição.

Arthur Omar desenvolve desde o início dos anos 1970 um trabalho extremamente autoral em filmes, documentários, fotografias e livros, em que reflete sobre o campo da antropologia. “Sobre até que ponto ela pode dizer a verdade sobre o outro, e sobre até que ponto o documentário pode ser capaz de se aliar a ela de forma produtiva”. “Criei para isso vários procedimentos visuais e sonoros de desconstrução do discurso antropológico, sempre a partir da minha prática estética e da minha experiência perceptiva profunda, introduzindo a singularidade da minha posição no mundo como alavanca para um novo tipo de conhecimento”.


Esse trabalho, chamado inicialmente de “Antropologia da Face Gloriosa”, hoje já se expandiu para outras “antropologias”, “cada uma dotada de um sabor diferenciado”. “Com essas antropologias artísticas, em que a presença da estética é intensificada e conduz o movimento do conhecimento, dando as costas para o aspecto conceitual e sistemático, pretendo dar uma contribuição ao próprio pensamento antropológico”. “É uma pretensão arriscada, eu reconheço”.

A serie “Antropologia da Face Gloriosa” se desdobrou em diversos ramos ou modalidades, como a “Antropologia Suprematista”, alusão ao movimento criado por Kazimir Malevich, conhecido como Suprematismo, em que se ele propunha “a sensação infinita do espaço, não-objetivo, portanto, segundo ele, um espaço supremo, que traduziria uma experiência suprema, e o qual poderia representar diversas dimensões”.

ANTROPOLOGIA SOLÚVEL
A linha mais recente desse trabalho recebeu o nome de “Antropologia Solúvel”, “onde todas as formas se dissolvem em um cruzamento de linhas e em uma multiplicação do espaço”. Nessas obras o artista busca “tentar observar o outro através não da constatação dos seus traços presentes no momento da percepção, mas em uma ênfase do autor que dissolve aqueles traços através dos seus movimentos”. “Na ‘Antropologia Solúvel’, essa aparição que era a do objeto se volta para o sujeito. Sou eu que estabeleço com o outro um conjunto de movimentos que, ao se somarem, vão gerar uma coisa que não existe nem nele, nem em mim. Temos aqui quase que uma alusão direta ao processo de percepção, mais do que o processo de aparição do percebido”.

Arthur Omar estabelece algumas diferenças entre as três series de “antropologia”: “Na ‘Antropologia da Face Gloriosa’, as imagens eram borradas, mas havia um reconhecimento do outro, a ponto de se chamar aquilo de retratos. Na “Antropologia Suprematista”, esse rosto tem os seus elementos progressivamente sendo retirados, para sobrarem apenas fragmentos de detalhes – um negro da pupila, um contorno da boca – com a extração paradoxal, mesmo para uma ‘antropologia’, dos seus atributos raciais e identificadores. E agora, na ‘Antropologia Solúvel’, tudo se dissolve num jogo de sujeito e objeto, simultaneamente. São imagens dissolvidas pelo meu movimento e constituídas de formas inesperadas, caóticas. É a produção de uma coisa nova a partir da relação estética”.

SETE VÉUS
O título da exposição surgiu a partir da ideia de que há vários véus, “interpostos entre o olhar e a coisa, véus que nunca são retirados, é impossível”. Já com as obras prontas e reunidas, Arthur Omar conta que percebeu que o trabalho reflete muito mais seu olhar sobre o véu do que “a coisa velada por ele”. “É como se entre o meu olho e o meu objeto os diversos véus, somados, combinados ou tomados individualmente, o trabalho fosse muito mais olhar para o próprio véu, do que a proposta de mostrar imagens novas de objetos”.

Serviço: Arthur Omar – 1 olhar e 7 véus
Abertura: 17 de março de 2010, às 19h
Exposição: 18 de março a 17 de abril de 2010
Entrada Franca
Anita Schwartz Galeria de Arte
Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea, 22470-100, Rio de Janeiro
Telefones: 21.2274.3873 e 2540.6446
Horário: 10h às 20h, de segunda a sexta, e das 12h às 18h, aos sábados
Entrada franca
galeria@anitaschwartz.com.br
www.anitaschwartz.com.br

Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux
21 2286.7926 e 3285.8687
claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br

Monday, March 08, 2010

KUARUP - RENATO SOARES

Curso de Fotografia Básico: Maurício Costa

Entrelinhas Urbanas

Sunday, March 07, 2010

Guy Veloso - ALQUIMIA


Monday, March 01, 2010

Roberto Schmitt-Prym - CENÁRIOS DA MEMÓRIA




ROBERTO SCHMITT-PRYM
Panambi, RS. - 1956.

PRINCIPAIS INDIVIDUAIS
Exposições em 2010
Aliança Francesa, Porto Alegre.
Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro.
Exposições de 1990 a 2009
Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Galeria UFSC, Florianópolis.
Fundacion Arte por Uruguay, Montevidéu, Uruguai.
Museu Leopoldo Gotuzzo, Pelotas.
Institut d'Estudis Ilerdencs, Lerida, Espanha.
Casa de Cultura Mario Quintana, Porto Alegre.
Museu da Gravura Cidade de Curitiba, Curitiba.
Palácio das Artes, Belo Horizonte.
Museu de Arte de Santa Maria, Santa Maria.
Museu de Arte Moderna, Rezende.
Museu de Arte Contemporânea, Obra em Evidência, Porto Alegre.
Casa de Cultura José Lins do Rego, João Pessoa.
Galeria Laura Alvim, Rio de Janeiro.
Galeria Yázigi, Porto Alegre.
Museu de Arte de Goiânia, Goiânia.
Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis.
Museu de Arte de Anápolis, Anápolis.
Museu de Arte Assis Chateaubriand, Campina Grande.
Galeria Iberê Camargo, Porto Alegre.
Galeria Funarte, Rio de Janeiro.
Galeria Fotóptica, São Paulo.
4ª Semana da Fotografia, Curitiba.

EXPOSIÇÕES EM GRUPO
Porto de Elis, Porto Alegre; Espaço IAB, Porto Alegre; Galeria UFF, Niterói; Centro Cultural Cásper Libero, São Paulo; Paço municipal, São Bernardo do Campo; Universidade Nacional Autônoma do México, Cidade do México; Forum Borsen Galleri, Gotemburgo, Suécia; Museu de Arte Contemporânea, Campinas, Museu de Arte Contemporânea, Porto Alegre; FNAC, Viseu, Portugal.
PRINCIPAIS SALÕES E PRÊMIOS
VIII Salão da Câmara, Porto Alegre; Prêmio Copesul-MARGS 35 Anos, Porto Alegre; 11° Mini Print Internacional, Cadaques, Espanha; 1º Salão de Arte Semana de Santa Rosa, Santa Rosa, (Prêmio); XXVII Salão de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, (Prêmio); 1st. Annual International Print Exhibition, EUA; 48° Salão Paranaense, Curitiba; VII Salão FASC, Aracaju; III Mostra Latino-Americana de Arte, Santa Maria; XVII Salão de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto.
PRINCIPAIS COLETIVAS
Museu de Arte Contemporânea de Campinas
"A Cidade e o Rio", Agência de Arte, Porto Alegre.
"Fotografia 150 Anos", BD Galeria, Porto Alegre.
"Bleu, Blanc, Rouge", Agência de Arte, Porto Alegre.
"Artistas Gaúchos-Produção Recente", MARGS, Porto Alegre.
"Arte Gaúcha Contemporânea", Galeria UFSC, Florianópolis e Galeria UGB, Salvador.
"Atitudes Contemporâneas", Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre.
"Catálogo Geral", MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"A superfície na Obra Gráfica do Rio Grande do Sul", Galeria Espaço Institucional, Porto Alegre.
"Panorama Arte Gaúcha Contemporânea", Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre.
"Shiga International Exchanges ", Katata e Hikone, Japão.
"Mostra Inaugural", Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
"Mostra de Artistas Contemporâneos", Museu Leopoldo Gotuzzo, Pelotas.
"Arte Contemporânea - Acervo MAC", Edel Trade Center, Porto Alegre.
"Nova Atualidade", Museu de Arte Contemporânea, Porto Alegre.
"Produção Recente", Museu de Arte Contemporânea, Porto Alegre.
"Mostra Inaugural", Museu de Arte de Santa Maria, Santa Maria.
"Imagens da Arte Gaúcha", Museu de Artes Visuais Ruth Schneider, Passo Fundo.
"Obra Gráfica Internacional, Mostra de Gravuras", Itinerante por dez cidades do Japão.
"Graphic Aus Brasilien", Eichstatt, Alemanha.
"El Camí em Blanc i Negre", Sant Cugat del Vallès, Espanha.
“6th International Miniart Exchange”, Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre.

PRINCIPAIS COLEÇÕES
Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; Museu de Arte de Goiânia, Goiânia; Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, Pelotas; Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria; Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis; Museu de Arte de Santa Maria, Santa Maria; Fundacion Arte por Uruguay, Montevidéu; Club de Grabado, Montevidéu, Uruguai; Casa da Cultura, Ribeirão Preto; IPN, Universität Kiel, Alemanha.

O ELOGIO DA MEMÓRIA

Para ver os trabalhos de Roberto Schmitt-Prym, necessitamos mais do que o olhar: precisamos, antes de tudo, de silêncio, vagar e calma. Precisamos, depois, certo sentido de recolhimento. Não são para serem vistos com atenção dispersa. São obras exigentes. Precisamos, ainda, de uma entranhada consonância com o estado da arte de hoje. Precisamos nos reconhecer como integrantes de uma tradição. É muito? Não: basta que tenhamos a necessária inteligência para saber que o mundo não começa por nós: somos apenas um elo dessa cadeia que possui milênios e que começou pelas pinturas rupestres, que nos encantam por sua simplicidade e força.
Admiremos essas obras de arte que nos propõe o artista-fotógrafo: se somos viajados ou sumariamente informados dos prédios, monumentos e vias públicas que formam o cânone plástico e arquitetônico do Ocidente, podemos, premindo gentilmente os olhos, reconhecer a Notre-Dame de Paris, o Castel Sant´Angelo de Roma, o interior da Catedral de Brasília, uma avenida de Porto Alegre, alguns vitrais góticos da Europa Central. Com os olhos abertos, as pupilas dilatadas, essas imagens algo familiares desdobram-se em réplicas infinitas, instando-se uma tridimensionalidade tão fértil como são as histórias de cada um desses motivos retratados. Tudo isso é obtido com um sentido de alto refinamento existencial: o estranhamento decorrerá de nosso diálogo com a obra, que na verdade será um diálogo com o próprio artista; nós, com nossas incertezas, com nossa precariedade humana, mas também com nossa capacidade de encarar os desafios do novo; já o artista colaborará com sua capacidade de interpretar e transformar o mundo. Tratar-se-á de uma conversa pausada, na qual tentaremos atribuir sentido àquilo que visualmente nos atrai e inquieta. Tomemos como exemplo o impressionante estudo do Reichstadt de Berlim. A desconstrução da foto mediante a sucessão frenética de superposições faz com que o parlamento alemão adquira uma formidável gama de possibilidades interpretativas. Se conhecermos sua dramática história, entenderemos melhor o contraste existente entre a dissolução aleatória, a evocar momentos sombrios de história, e que faz contraste com o pavimento retilíneo, profundamente claro, contemporâneo e asséptico, a significar que a história é esse continuum permeado de alternâncias ideológicas e políticas, e que sempre haverá uma esperança para a Humanidade. A quem desconhece o que significa o Reichstadt, ficará uma duradoura sensação de harmonia entre as cores ocres atribuídas ao edifício com o céu de nuvens baixas e sujas, tudo isso fazendo luzir a parte inferior, realizada em grafismos quase abstratos.
Outra imagem de impacto é a pirâmide asteca com o topo expandido em várias pirâmides, e que ficam flutuando num espaço tempestuoso, trazendo-os a lembrança dos sacrifícios que ali se realizavam, e que até hoje não entendemos bem como aconteciam. No entanto, sua esmagadora presença perturba-nos. É sim a pirâmide asteca, mas é mais do que isso: é a representação cabal de um inquietante estágio civilizatório.
O título da exposição remete-nos à memória, o que abre um outro inesgotável leque hermenêutico. Sendo a memória, como diz Cícero, o tesouro e guardião de todas as coisas, aqui a memória cumpre esse papel. Sim, há tesouros, que não devem ser confundidos, é claro, com a riqueza material dos objetos captados da lente. São tesouros de significados. Uma igreja não o é, apenas. Uma igreja é a metafísica esculpida em pedra. Uma igreja simboliza uma cultura e uma história. Está repleta de significados, por vezes contraditórios. Quando nossa memória a evoca, ela se nos “aparecerá” na mente assim como Schmitt-Prym as apresenta: estilizada, múltipla, cambiante, duvidosa, imprecisa, estranha. E felizes somos nós, que há alguém de sensibilidade, um artista que, operando meios técnicos radicalmente contemporâneos, obtém o admirável efeito de provocar nossa memória, que se nos revela cheia de sensibilidade e conteúdo humano.
A arte de Roberto Schmitt-Prym é destinada tanto a apreciadores de sofisticado senso estético como a pessoas que ainda estão à procura de seu modus de enxergar a vida. Ambos experimentarão sensações poderosas: os primeiros, transitarão do prazer ao conhecimento e à reflexão; os segundos, experimentarão as sensações quase tangíveis de uma arte superior.
Sairemos transformados após a visão detalhada, e repetimos, calma e vagarosa, dessas obras que podemos incorporar ao que mais belo tem produzido o espírito dos homens e mulheres de nosso tempo.
E agora, silêncio. Deixemos que essas imagens falem à nossa alma, essa entidade tão curiosa e tão cheia de memórias.

Luiz Antonio de Assis Brasil, escritor


Talvez tudo o que eu tenha escrito seja ciúme do livro. Talvez o que Roberto Schmitt-Prym faça seja por ciúme da fotografia. São colagens que investigam a textura e o olhar, retrabalhando detalhes, impondo movimentos, incorporando digitais nas paisagens como se o dedo girasse com a imponência de uma íris. Igrejas, museus, prédios públicos, há uma interferência testemunhal, cromática, que torna a imagem uma aparição, um vulto fantasmagórico pedindo atenção.

“Cenários da memória” representa uma sismografia de nossas emoções. Captura a sequência de sonhos entre uma fotografia e outra. Ou o estado psicológico do observador. As cores azul e cinza indicam frieza, a vermelha e a amarela sinalizam quentura. A profundidade é de desenho, a velocidade é da sombra.

Schmitt-Prym tem inveja. Uma profana inveja que queima nossos cílios para enxergarmos sem defesa.

Fabrício Carpinejar, escritor



A ESTRANHA ARTE DE Schmitt-Prym

Para os formalistas russos, a arte de qualidade produz ostranenie, neologismo que, traduzido, pode significar estranhamento.
Diante da grande arte, não conseguimos manter a passividade. Algo, em nós, se movimenta. E em várias direções, como o obturador de Schmitt-Prym.
Os gregos preferiram chamar de epifania, derivado de epiphanós, local em que o sagrado se manifesta. O que vemos, não é real. Ou o real é infinitamente mais complexo do que o que vemos. Como as fotos de Schmitt-Prym.
Mais tarde, Longino chamou a este estranho efeito da grande arte de sublime. Talvez por que, mais que tudo, ela nos cause espanto. Impossível ver as fotos de Schmitt-Prym sem perplexidade.
Pois os três conceitos teóricos, estranhamento, epifania e sublime, foram os que me vieram à mente ao contemplar (olha o sagrado aí outra vez...) as fotos de Schmitt-Prym.
A grande arte fala sozinha, ela não precisa de comentaristas, críticos, avaliadores. Diante dela, basta dizer, como disse Buonarroti:
— Parla!
E ela fala, como as fotos do Schmitt-Prym.


Charles Kiefer, escritor