Thursday, February 25, 2010

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Curso Cláudia Tavares - Espaço Figura

Linhas Aéreas - Daniela Schneider

Caio Reisewitz - Parece Verdade - catálogo e palestra CCBB Rio


Palestra com entrada franca no CCBB Rio
lança catálogo da exposição Parece Verdade,
de Caio Reisewitz

Curador Fernando Cocchiarale e o artista falam para o público


Lançamento catálogo “Caio Reisewitz – Parece Verdade” [CCBB Rio/Cosac Naif]
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Auditório no 4º andar
24 de fevereiro de 2010, quarta-feira, às 18h30
Entrada franca
Palestra: Fernando Cocchiarale, com presença do artista


Em uma parceria com a editora Cosac Naify, o CCBB Rio lança no próximo dia 24 de fevereiro, quarta-feira, às 18h30, o catálogo da exposição "Caio Reisewitz – Parece Verdade". Na ocasião, o curador da mostra, Fernando Cocchiarale, fará palestra, com entrada franca, com a presença do artista, que vive em São Paulo.

A bem-cuidada edição tem 192 páginas, formato 21 x 25,5 cm e programação visual de Carla Zocchio, e terá distribuição nacional. Os textos são de Fernando Cocchiarale e Horacio Fernandez, um dos maiores especialistas de fotografia da Espanha. A publicação tem ainda entrevista com o artista feita por Miguel Chaia, coordenador e pesquisador do Núcleo de Estudos em arte, mídia e política da PUC SP.

A exposição “Caio Reisewitz – Parece Verdade” fica no CCBB Rio até 07 de março de 2010. A mostra reúne mais de 50 fotografias do artista, e ocupa as salas do segundo andar do CCBB [B, C e D].

“Parece Verdade” é uma panorâmica da trajetória de Caio Reisewitz, abrangendo os oito últimos anos da produção do artista, que rapidamente se tornou um dos mais destacados do cenário contemporâneo brasileiro. Será a primeira vez no Brasil que ele reúne esse conjunto de fotografias, das quais muitas estiveram em várias mostras no exterior.

“Parece Verdade”, no CCBB, Rio apresenta oito fotografias inéditas no Brasil, das quais uma, “Guanabara”, foi feita especialmente para a mostra. As fotografias, que podem medir até 2,80m por 1,95m, também representam “um panorama do deslocamento” do artista, que fotografou na capital, no interior e no litoral de São Paulo, e também no Rio de Janeiro, Pará, Goiás, Distrito Federal [Brasília] e Paraná. Há ainda trabalhos realizados em Cartagena das Índias, Colômbia, Frankfurt, na Alemanha, e em Ushuaia, Argentina.

PAISAGEM: NATURAL E CONSTRUÍDA
Uma das características do trabalho de Caio Reisewitz é o interesse pela paisagem, seja a natural, com cenas da natureza, ou a construída pelo homem, como o interior de igrejas barrocas ou frios espaços dos poderes legislativo e executivo.

“Existe a realidade como ela é, e a construída. O interior de uma igreja barroca, por exemplo, é uma obra de arte em si, plena de detalhes requintados. E também há cenas da natureza em que, apesar de ser uma realidade direta, ela é tão elaborada que você pode pensar que foi construída, ou teve algum tipo de montagem e manipulação, o que não ocorreu”, observa. Outro aspecto do trabalho do fotógrafo é a quase total ausência do ser humano. “Não é proposital, é um instinto”, diz. As exceções são fotos de 2002 em que usa a imagem de um amigo, Rufo, ou da menina Antonia, filha de outro amigo, único retrato, propriamente dito, da mostra. Há uma outra vertente na pesquisa de Caio Reisewitz que é registrar a alteração, “ou destruição”, da natureza feita pelo homem. “Exemplos disso são os trabalhos ‘Bertioga’, ‘Goiânia VII’ e ‘Itaquequecetuba’”.

O artista fotografa tudo analogicamente em uma câmera Linhoff, de placa de negativo no formato 4 x 5 polegadas, correspondente a 9 x 12cm. Essas placas são escaneadas em altíssima resolução e ampliadas em um laboratório em Dusseldorf, Alemanha.

Caio Reisewitz nasceu em 1967, em São Paulo, onde vive e trabalha, e tem obras em importantes coleções públicas e particulares no Brasil e no exterior. Dentre as diversas mostras individuais e coletivas em que mostrou seu trabalho, Caio Reisewitz ocupou três andares da Casa de América, em Madri, durante o festival PhotoEspaña, em 2006, e participou das edições de 2005 da Bienal de Veneza – em que representou o Brasil, junto com o grupo Chelpa Ferro – e da Bienal Internacional de São Paulo. Descendente de alemães, cursou a Academia de Arte, em Mainz, Alemanha, onde também estudou na Fachobershule für Gestaltung e na Peter Behrens Schule, em Darmstadt, depois de ter estudado na Fundação Armando Álvares Penteado [FAAP], em São Paulo, em 1989. Em 2009, concluiu o mestrado na USP em poéticas visuais.


Serviço: Caio Reisewitz – Parece Verdade
Abertura: 11 de janeiro de 2009, às 19h
Exposição: 12 de janeiro a 07 de março de 2010
Entrada franca
Curador: Fernando Cocchiarale

Coordenação e Produção: Automática
CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
Tel: 21 3808.2020
De terça a domingo das 10h às 21h
Entrada franca
Assessoria de Imprensa: Sueli Voltarelli – 21 3808 2323

Mais informações: CW&A Comunicação
Claudia Noronha / Beatriz Caillaux / Marcos Noronha
21 2286.7926 e 3285.8687
claudia@cwea.com.br / beatriz@cwea.com.br /
marcos@cwea.com.br

Chico Audi entre os melhores fotógrafos do mundo!







Chico Audi entre os melhores fotógrafos do mundo!


O fotógrafo Chico Audi foi novamente selecionado pelo prestigiado diretório impresso na Alemanha, pela Lürzer's Int'l Archive, o “ 200 Best Ad Photographers Worldwide 2010/2011” publicação respeitada mundialmente, que elege a cada 2 anos, os 200 melhores fotógrafos de publicidade do mundo.

Esta é a segunda vez que Chico Audi é eleito, sem intervalo nas publicações. Os jurados internacionais o escolheram entre milhares de profissionais do mundo que se inscreveram, onde apenas 200 terão suas fotografias publicadas. Na edição passada, a de 2008/2009, foram selecionadas 4 imagens de Chico Audi e desta vez foram 5, o que demonstra o seu compromisso com a qualidade e o cuidado com seus trabalhos fotográficos, resultando em excelentes imagens para os seus clientes , garantindo assim uma linguagem em nível mundial totalmente atualizada.

Chico Audi garante que tais premiações nada mudam na sua política de valores das sessões de fotos. “Só tenho que agradecer aos meus clientes por mais este reconhecimento conquistado, pois foi através de trabalhos feitos para eles que consegui estas premiações”

Visitem o blog e o site

http://blog.chicoaudi.com/2010/01/archive-20102011.html

www.chicoaudi.com
Blog.chicoaudi.com
200 Best Ad Photographers worldwide
2008/2009/2010/2011
Elected by Lürzer’s Int’l Archive.

Essas são as 5 fotos escolhidas de autoria de Chico Audi para o Archive 2010/2011

Monday, February 22, 2010

DeVercidade



DeVERcidade chega à quarta edição de 24 a 28 de fevereiro no entorno do Mercado dos Pinhões


Neste momento milhões de imagens são criadas, produzidas coletivamente e compartilhadas em redes de escala mundial. Que imagens são essas? Quem são seus autores? O que dessa produção permanecerá como memória e corpo do nosso tempo? Estas são algumas questões levantadas pelo Instituto da Fotografia – IFOTO com a quarta edição do deVERcidade, mostra de fotografia e artes visuais que acontecerá de 24 a 28 de fevereiro de 2010 no entorno do Mercado dos Pinhões, na Praia de Iracema, Fortaleza, Ceará.

No galpão em ruínas ao lado do Mercado dos Pinhões vai se concentrar a exposição de ensaios de 43 fotógrafos selecionados de 11 estados e do Distrito Federal. Mais três artistas e dois coletivos foram convidados pelo Instituto para apresentar trabalhos na mostra. São eles, os artistas visuais José Tarcísio, Alexandre Veras e Milena Travassos e os coletivos Balbucio e Alumbramento. Além destes, o deVERcidade contará ainda com alguns trabalhos do homenageado desta edição, o fotógrafo baiano Mário Cravo Neto, falecido em agosto de 2009. Nos anos anteriores foram homenageados o historiador Nirez e os fotógrafos Chico Albuquerque e José Albano.

O deVERcidade conta ainda com oficinas e palestras ministradas e proferidas por nomes importantes das artes visuais no país. Entre eles, Diógenes Moura (curador de fotografia da Pinacoteca do Estado de Sâo Paulo), Eder Chiodetto (curador de fotografia), Rosely Nakagawa (curadora e pesquisadora), o blogueiro Alexandre Belém (www.olhave.com.br/blog), entre outros. O deVERcidade é uma realização do IFOTO, com patrocínio do Governo do Estado do Ceará e Prefeitura Municipal de Fortaleza e apoio cultural da Oi Futuro.

deVERcidade – Dentro e Fora do Olhar

A quarta edição do deVERcidade apresenta uma investigação DENTRO E FORA DO OLHAR, propondo uma reflexão sobre os rumos que a fotografia contemporânea vem seguindo, abrindo a possibilidade para que os mais diversos segmentos possam colaborar na ampliação deste debate.

Em uma sociedade hiper-imagética o olhar experimenta a cegueira do excesso e a exaustão da repetição, que esvazia e dessignifica sentidos e compreensões. Ao mesmo tempo, transbordamentos e contaminações são incorporados ao processo de construção de imagens. Fotografia, Artes Visuais e Audiovisual trocam entre si signos e possibilidades de criação, instituindo novas formas de vivenciar o olhar. O Autor se multiplica em coletivos e situações e, no limite, se esvai. O Observador também compartilha da autoria. O processo de criação é Obra. O espaço expositivo pode ser o Corpo, o Ar ou uma Sensação.

Selecionados para o deVERcidade 2010

O Ifoto recebeu para o deVERcidade mais de 280 inscrições, que representaram 2.686 fotografias em propostas de exposições e 49 projetos de instalação. Os trabalhos inscritos foram analisados pela curadoria composta por Silas de Paula (Fotógrafo, Professor da Universidade Federal do Ceará – UFC e Curador do IFOTO), Paulo Amoreira (Designer, Fotógrafo, Coordenador de Mídias Digitais da Secretaria de Cultura de Fortaleza – SECULTFOR e Curador do IFOTO), Tiago Santana (Fotógrafo, Editor e Curador do IFOTO), Eduardo Frota (Artista Plástico e Curador), André Scarlazzari (Diretor de arte e Cenógrafo) e Bia Fiúza (Fotógrafa e Diretora do IFOTO).

OS SELECIONADOS

De São Paulo: Alberto Oliveira, Beatriz Pontes, Célia Mello, Daniel Ducci, Fernanda Prado, Fernanda Preto, Iatã Cannabrava, Isaumir Nascimento, Lívia Aquino, Márcio Távora, Natália Tonda, Paulo Pereira - Grupo Reverbe.

Do Ceará: Analice Diniz, Projeto Balbucio, Aziz Ary, Camila Araujo, Fred Parente, Haroldo Saboia, Henrique Torres, Julia Braga, Leonardo Ferreira Melo, Pedro Martins e Sergio Carvalho.

Do Rio de Janeiro: Ana Dalloz, Antonia D'Orazio, AC Junior, Gustavo Pellizzon, Jose Diniz, Leandro Pereira e Kitty Paranaguá.

De Minas Gerais: Francilins Castilho Leal (Lagoa Santa/MG), Leonardo Costa Braga (Caeté), Pedro David e Samantha Campos (Belo Horizonte)

Da Bahia: Jonas Grebler e Mariana David de Aragão.

De estados com um selecionado: Usha Velasco (Brasília/DF), Luana Navarro (Curitiba/PR), Paulo José Rossi (João Pessoa/PB), Ricardo Junqueira (Natal/RN), Mateus Sá (Olinda/PE), Márcio Vasconcelos (São Luís/MA) e Bruno Zorzal (Vitória/ES).

OFICINAS

Dias 25 e 26 (quinta e sexta)
14h às 17h - Claudio Edinger – Da idéia às prateleiras: a concretização de um livro (Sala 01)
14h às 17h - Marcelo Greco – Processos de Criação - A autoria. A fotografia como forma de expressão (Sala 02)

Dias 27 e 28 (sábado e domingo)
14h às 17h - Cia de Foto – Para contar uma história (Sala 01)
14h às 17h - Rosely Nakagawa – Edição e Portfólio (IFOTO)
14h às 17h - Alexandre Belém – Blogs: ações propositivas da fotografia como meio (Sala 02)
14h às 17h - José Roberto Ripper – imagens do povo; oficina para multiplicadores (Auditório)

De 26 a 28 (sexta a domingo)
09h às 11h - Ângela Moraes e Maíra Guitierrez- Do artesanal ao digital, do digital ao artesanal; oficina para crianças e jovens (Sala 01)

PALESTRAS

Dia 24 (quarta)
20h – ABERTURA: Homenagem a Mário Cravo Neto apresentada por Diógenes Moura (Palco do Lounge)

Dia 25 (quinta)
18h - Claudio Edinger
20h - Eder Chiodetto – Curadoria e fotografia no Brasil

Dia 26 (sexta)
18h – José Roberto Ripper – Viagens Humanas
20h – Diógenes Moura - "De como se faz um curador (?)" + Monólogo "Eu quem? Um retrato em preto e branco"

Dia 27 (sábado)
18h – João Castilho - Trajetórias
20h – Rosely Nakagawa – Fotografia e mercado

Dia 28 (domingo)
18h – Cia de Foto
20h – "Documentário imaginário" - Mesa coletiva com fotógrafos convidados

PROJEÇÕES E LANÇAMENTOS

Dia 25 (quinta)
21h30 – Projeções de vídeos: Drawlio Joca, Gustavo Pellizzon e Guy Veloso
Projeções de vídeos: Drawlio Joca '"São Paulo", Gustavo Pellizzon - vários, Guy Veloso - "Entre a fé e a febre", Cia de Foto - "Caixa de Sapato"
Lançamento de livros cearenses: Celso Oliveira, Sheila Oliveira, José Albano, Fernanda Oliveira, Jarbas Oliveira, Sergio Carvalho, Jaques Antunes, Mauricio Albano, Ricardo Damito

Dia 26 (sexta)
21h30 - Lançamento dos livros "Imagens Humanas" (José Roberto Ripper), "Nagon Abioton - Um estudo fotográfico e histórico sobre a Casa do Negô" (Márcio Vasconcelos), e "Ficção Interrompida" (Diógenes Moura)
Projeção do Vídeos "Nagon Abioton" (Marcio Vasconcelos) e "15 minutes" (Ateliê da Imagem).

Dia 27 (sábado)
21h30 - Lançamento do livro e projeção do documentário "Encontros com a fotografia" (Rosely Nakagawa).

Dia 28 (domingo)
21h30 – Projeção do filme "Cinema de dois Tões" (Luiz Santos)
Encerramento do evento

FESTAS E SHOWS

Dia 24 (quarta)
Festa de abertura do deVERcidade: Metalira

Dia 27 (sábado)
FotoFesta: Show + DJ Guga de Castro

SERVIÇO

deVERcidade 2010 – De 24 a 28 de fevereiro no entorno do Mercado dos Pinhões, em Fortaleza - Ceará. Abertura: dia 24 às 20 horas com homenagem a Mário Cravo Neto, apresentada por Diógenes Moura. Visitação da exposiçao: das 18h à meia-noite. À tarde haverá palestras e oficinas. Informações no IFOTO (Rua Gonçalves Lêdo, 307 – Praia de Iracema, Fortaleza/CE) Tel: 85-3254.6385 / 8820.0083 / ifotomailing@gmail.com / www.ifoto.org.br. GRÁTIS.


12/02/2010


INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
DÉGAGÉ
Jornalistas Responsáveis: Sônia Lage e Eugênia Nogueira
(85)3252.5401 / 9989.5876 / 9989.3913
degage@degage.com.br / www.degage.com.br

Sunday, February 21, 2010

Diário contem de Fotografia porâneo

PParalelo

Tuesday, February 09, 2010

Rosa De Luca: Arte Vida Minas Gerais





Rosa De Luca lança o livro

Arte Vida Minas Gerais





dia 18 de março na Livraria da Vila Shopping Cidade Jardim
Prefácio de Aécio Neves e Bruna Lombardi




“Neste debruçar sobre Minas, tenho certeza de que,


de alguma forma, os brasileiros se descobrirão nela.”


Aécio Neves




A fotografa Rosa de Luca lança o livro Arte Vida Minas Gerais, dia 18 de março, quinta-feira, na Livraria da Vila do Shopping Cidade Jardim. O prefácio é assinado pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a pela atriz Bruna Lombardi.



O livro mostra imagens da viagem feita pela fotografa a partir de Belo Horizonte. Foram escolhidos três percursos que resultaram nas imagens publicadas no livro, o segundo de uma série que se iniciou com registros no sul da Bahia.



Nas páginas, Rosa de Luca registra a rara beleza natural dos garimpos e cachoeiras (Serra do Cipó, Conceição do Mato Dentro, Carrancas), os diferentes extratos de história, das pinturas rupestres de Barão de Cocais ao patrimônio colonial (Diamantina, Ouro Preto, Mariana, Congonhas do Campo, São João Del Rei, Catas Altas e Tiradentes), buscando sempre os principais núcleos de arte e artesanato (Bichinho, Prados e o Vale do Jequitinhonha).








Arte Vida Minas Gerais
Lançamento: 18 de março, quinta-feira, das 19:30 às 21:30,


na Livraria da Vila do Shopping Cidade Jardim



Edição: bilingue/ingles/portugues
Paginas: 240 cor
Preço: R$ 100,00
ISBN 97885898545739788589854573
Editora Allestrade
http://www.allestrade.com.br
Patrocinador: União Química Farmac. Nacional S/A









“Assim como as pedras preciosas escondem seu brilho dentro, Minas Gerais esconde infinitos tesouros, que vão se mostrando aos poucos a todos aqueles que a descobrem. Essa sensação de que Minas é pra dentro vem de sua própria natureza, da extraordinária beleza de seu interior. Dessa atmosfera onde todo amor é sagrado.Aqui se respira o mistério. Aqui a gente se interioriza. E sente a presença de Deus.




O olhar perdido no horizonte nem alcança. O silêncio parece que atravessa séculos. Atravessa grandes extensões, cavernas e cachoeiras, serras, nascentes, o percurso de grandes rios. Atravessa a mata, o cerrado, o sertão. O silêncio atravessa paredes de casas caiadas, igrejas barrocas, vilas coloniais. A Travessia. O Tempo. Uma lição de fé. A arte atravessa esse lugar como o vento que bate nas folhas das árvores. E ficam marcas da história em cada esquina.




Esse silêncio mineiro diz tudo. Ele vem da sabedoria. Dentro dele tem tudo o que precisa ser dito. E se você prestar atenção, dentro do silêncio você vai ouvir música. Vai escutar novenas, cantos gregorianos, poesia. Dentro do silêncio o sopro da prosa. Alguém sussurra toda essa bela literatura.


Revelam-se histórias de família. Segredos antigos. Lendas.Vai ouvir os cascos dos cavalos, o homem no cavalo tocando o gado, os meninos. O canto das mulheres. Parece que nesse silêncio tem sempre alguém cantando. Mil tons. Tem estórias de assombração ao pé da fogueira, tem uns causos que se contam ao pé do fogão. Tem causo de tudo nesse mundo de Deus. E tome café com leite, pão, uma branquinha, dois dedos de prosa e umas mentiras, que ninguém é de ferro, uai! Eta trem bom! Deveria se dar muito mais valor para esse tipo de saber.




Guimarães Rosa dizia: "O silencio é a gente mesmo, demais".
E foi na solidão do silêncio que a fotógrafa Rosa de Luca foi descobrindo esses tesouros escondidos dessa Minas Gerais. Tentou captar essa grandeza nas imagens e em seus significados espontâneos. E também descobriu que "o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia". Ela fez sua travessia. E transformou sua jornada, como dizia Carlos Drummond de Andrade "num retrato pendurado na parede". Ou em muitos retratos nesse belo livro Arte Vida Minas Gerais.

Minas é uma experiência de espiritualidade. Ser mineiro é uma espécie de encantamento. Você pode deixar Minas, mas ela nunca te deixa. Você vai embora e a carrega consigo. E onde quer que você vá, Minas continua dentro de você. Minas é um lugar que fica dentro pra sempre.


Bruna Lombardi









Minas, todas elas




Disse, certa vez, que nós mineiros nos fizemos da argila humana de todo o Brasil. Formamos a nossa sociedade quando, no Norte, no Nordeste e no Sul, já havia o Brasil litorâneo, o Brasil que se estendia no colar de cidades, do Grão Pará à Colônia do Sacramento, na margem do Prata – início do povoamento do Continente de São Pedro do Rio Grande.




É dessa humanidade, rica e múltipla, que viemos. Por isso, cada uma das muitas Minas de que nos fala Guimarães Rosa é também um Brasil.




O Nordeste seco, sofrido e impressionantemente lindo e verdadeiro está fincado ao Norte e nos Vales. São Paulo sinaliza ao Sul e no Triângulo, que também compartilha o Centro-Oeste; o Rio toca a Mata... E, assim, o país se encontra em Minas...




Talvez, por isso, nos toque tanto o sentimento nacional, arraigado, provinciano na sua melhor expressão, como nenhum outro.




As montanhas nos remetem para dentro. Dentro e fundo, nas palavras do nosso mais fiel escritor.




Os cerrados, em inacabadas planícies, ampliam os horizontes e nos permitem antever o porvir.




Nas cidades históricas, com as suas ruas de pedra, estão intactas, bem guardadas, as histórias de heroísmo e brasilidade, iluminadas pelo nosso primeiro compromisso, que é, e sempre será, com a liberdade. Elas nos trazem, todo o tempo, para o início de tudo, e seus sinos nos embalam, apontando o caminho e o rumo, não importa a encruzilhada.


Minas é uma coletânea extensa e preciosa de paradoxos entre metrópoles e pequenas cidades; pujança industrial e delicadezas artesanais; cultura adensada e legada por diferentes gerações de poetas, escritores, cientistas, líderes políticos de todas as estirpes, visionários, cada um ao seu tempo... música dissonante que retumba, árida, da ladainha das procissões, das esquinas modernas, misturada à que ainda ecoa dos porões das fazendas, dos tambores estranhos e dos catopês.




Minas entorna das cachoeiras, verdeja pelos campos, corre pelos grandes rios, é alimento nos pomares. Adoça o ar, onde é cana. É mar, de tão grande, onde se perde em grãos... café... feijão... milho... mato.




Neste debruçar sobre Minas, tenho certeza de que, de alguma forma, os brasileiros se descobrirão nela.




Porque Minas é assim: traz em si as heranças e essências do que fomos e carrega, silenciosa, o que ousamos sonhar ser um dia.




Minas... sempre Minas.


Aécio Neves






Assessoria
Flavia & Cris Fusco
www.flaviafusco.com.br
11 3083.1250

Monday, February 01, 2010

MEZANINO